As relações políticas e comerciais entre Brasil e Reino Unido foram debatidas na reunião da Comissão Extraordinária de Relações Internacionais realizada nesta quinta-feira (22/9), que contou com a presença de representantes da Britcham (Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil) e do Consulado do Reino Unido na cidade de São Paulo.
A reunião teve início com a apresentação feita pela presidente da Britcham, Ana Paula Vitelli, que destacou como o Brasil pode ampliar ainda mais as relações comerciais com os britânicos. “50% do que o Reino Unido importa são alimentos e bebidas, então há muitas oportunidades para produtos agrícolas, produtos mais processados. O Brasil precisa olhar para essa agenda de oportunidades e com isso expandir o leque de produtos nessa linha. E aproveitar para fazer acordos de cooperação que possam aproximar mais esses dois países com trocas de tecnologia ligadas inclusive ao meio ambiente, hidrogênio verde, carbono, energia eólica”, afirmou Vitelli.
O diretor-executivo de Comércio e Investimentos do Consulado do Reino Unido na cidade de São Paulo, Martin Whalley, foi questionado sobre as mudanças que podem ocorrer após a morte da rainha Elizabeth II e a chegada do rei Charles III ao poder. Whalley garantiu que o novo rei seguirá a mesma linha de reinado da antiga soberana inglesa. “O novo rei, Charles III, teve 50 anos para se preparar para assumir essa responsabilidade. Parte da vida dele foi dedicada a este momento. Então eu acredito que não haverá muitas mudanças. A figura do monarca mudou, mas o país vai continuar igual”, ressaltou ele.
A vice-cônsul interina do Reino Unido, Georgina Ayre, aproveitou para também falar sobre o que se esperar da política governamental do país com a nova primeira-ministra, Liz Truss, que assumiu o posto no início deste mês. “Apesar de ser uma nova líder, o partido permanece o mesmo até porque não houve eleições gerais. Então isso gera esta sensação de continuidade que é tão importante para o Reino Unido neste momento. A primeira-ministra Liz Truss tem uma vasta experiência. Inclusive antes de assumir este cargo ela estava no Ministério de Relações Internacionais”, disse Georgina.
Ainda durante a reunião, foi aprovado um requerimento de autoria da presidente da Comissão, vereadora Cris Monteiro (NOVO), solicitando informações às secretarias municipais de Direitos Humanos, Assistência e Desenvolvimento Social, Educação e de Relações Internacionais sobre a situação de afegãos refugiados que vieram para a cidade de São Paulo. “Nós como sociedade civil, Poder Executivo e Legislativo, temos a obrigação de receber essas pessoas forma digna, civilizada e humanitária. Por isso é importante saber como a Prefeitura vem lidando com esses imigrantes que já veem de uma condição de refugiados que é algo muito duro para qualquer população. Daí a importância de ficarmos atento a situação desses afegãos na nossa cidade”, defendeu Monteiro.
A reunião desta terça, que pode ser conferida na íntegra aqui, foi conduzida pela vereadora Cris Monteiro (NOVO) e contou com a presença dos vereadores Aurélio Nomura (PSDB), André Santos (REPUBLICANOS) e Arselino Tatto (PT).
