Fábio Jr Lazzari/ CMSP
A Comissão Permanente de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher realizou nesta quarta-feira um debate com o tema “Maltrato no atendimento em maternidade e no pré-natal”. O evento, realizado na Câmara Municipal, reuniu cerca de 70 pessoas.
Para falar sobre o assunto, foram convidados Gustavo Venturi (sociólogo, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e coordenador da pesquisa “Mulheres brasileiras e gêneros nos espaços público e privado”); a médica Anke Riedel (coordenadora da Casa Ângela); a enfermeira e coordenadora do Curso de Obstetrícia da USP, Nádia Zanon Narchi; e a representante do Programa Mãe Paulista, Maria Aparecida Orsini.
A discussão girou em torno da pesquisa apresentada por Venturi, que mostra que de cada quatro mulheres atendidas nas instituições, uma já sofreu algum tipo de abuso verbal ou negligência médica. São três os principais problemas que ocorrem e acabam gerando a violência no parto. A primeira é a questão da formação dos profissionais, em segundo vem a superlotação das instituições e, em terceiro, percebemos que as mulheres não são adequadamente preparadas para o momento do parto, explicou o sociólogo.
Durante o evento, foi discutido também a importância do parto humanizado. Para a vereadora e presidente da comissão, Juliana Cardoso (PT), essa é uma questão importante e que pode beneficiar muitas mulheres. Essa é uma possibilidade para melhorar o tratamento que essas futuras mães recebem. Estamos debatendo isso para que a prefeitura assuma essas casas que desenvolvem esse trabalho, disse.
A bióloga Lígia Moreira Sena veio de Florianópolis (SC) especialmente para participar do debate. Quem é mãe e realizou o parto humanizado sabe o quanto isso é importante. Por isso, ajudo na divulgação dessa prática, afirmou.
Os vereadores Juliana Cardoso (PT) presidente , Claudio Prado (PDT), Gilberto Natalini (PSDB), Milton Ferreira (PPS) e Sandra Tadeu (DEM) participaram do debate.
Atividades
Os membros da Comissão Permanente de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher visitaram na manhã desta quarta-feira a Unidade Básica de Saúde e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São Mateus. A iniciativa surgiu após o colegiado receber um documento enviado pelo Conselho Gestor da Supervisão de Saúde da região alegando que há precariedade de recursos humanos nestas unidades de saúde.
Realmente há problemas que devem ser resolvidos. Os principais são a falta de psiquiatra e o espaço físico, que é pequeno, disse Juliana.
(06/04/2011 – 17h15)