Em reunião ordinária nesta quarta-feira (13/03), os vereadores que compõem a Comissão Permanente de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher discutiram a situação do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na capital, apreciaram seis Projetos de Lei e aprovaram dez requerimentos.
Um dos projetos com parecer favorável foi o PL 430/2017, de autoria da vereadora Rute Costa (PSD), que propõe a entrega em domicílio de medicamentos de uso contínuo fornecidos para idosos e deficientes pelo Poder Executivo municipal. “Este projeto é de suma importância para a cidade de São Paulo”, comentou a vereadora Edir Sales (PSD), presidente da comissão.
De autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), o requerimento 02/2019 formalizou o convite à direção do SAMU, comunidade e representantes da Secretaria Municipal de Saúde para debater os problemas apresentados pelos funcionários e pacientes atendidos pelo serviço. O encontro deve acontecer ainda em março. “A gente tem recebido muita reclamação. A Secretaria de Saúde tem feito uma realocação no SAMU e está tendo uma reação grande de funcionários contrários a toda essa situação”, disse Natalini.
Também integrante da comissão, a vereadora Juliana Cardoso (PT) sugeriu que o convite seja estendido ao Conselho Municipal de Saúde e ao sindicato dos funcionários do SAMU. “O que tem tido de escuta, não só dos funcionários, mas também de pessoas que precisam do SAMU, sobre onde eles atendem e levam os pacientes, UBS ou hospitais, é que esses locais não estão prontos para receber as equipes”, afirmou a vereadora.
Presente à reunião, o enfermeiro Fabio Soares dos Santos pediu ajuda aos vereadores, por considerar que o órgão está em situação de desmonte. “A reestruturação, da forma como está acontecendo, está levando à destruição e a vazios assistenciais em São Paulo. Estamos deixando espaços na cidade que não vão ter cobertura por falta de estrutura”, afirmou o enfermeiro.
Vice-presidente da comissão, a vereadora Patrícia Bezerra (PSDB) falou sobre o papel do Legislativo neste momento. “Nós temos, de alguma forma, de interferir nesta situação. É o nosso papel, inclusive como vereadores governistas que somos. Ajudar o governo a fazer um atendimento social, que seja mais efetivo e de maior qualidade”, disse a vereadora.