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Comissão de Saúde recebe o secretário da pasta para discutir atual cenário da pandemia na capital

Por: MARCO CALEJO
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30 de abril de 2020 - 16:39

A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo promoveu a segunda reunião virtual, na manhã desta quinta-feira (30/4), para discutir a atual situação da cidade no enfrentamento do coronavírus e quais serão as próximas ações para evitar a disseminação da Covid-19 na capital paulista.

A convite do Legislativo paulistano o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, participou novamente do encontro para responder aos questionamentos dos parlamentares. Os sete integrantes da Comissão estiverem presentes virtualmente no debate.

Além da presidente da Comissão de Saúde, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), também participaram da reunião o vice-presidente, vereador André Santos (REPUBLICANOS), o vereador Celso Giannazi (PSOL), vereador Gilberto Natalini (PV), vereadora Juliana Cardoso (PT), vereador Milton Ferreira (PODEMOS) e a vereadora Noemi Nonato (PL).

Notificações de casos

Sobre as notificações de casos na cidade de São Paulo, nas redes de saúde pública e privada, o secretário apresentou os números, que apontam crescimento a cada dia. “Até o dia 23 (de abril), nós tínhamos 45.518 notificações. Nos dias 24, 25 e 26 isso saltou para 55.584 notificações. Ou seja, nós passamos de 812 notificações por dia para 3.355 notificações (por dia) ”.

Notificações de óbito

Edson Aparecido também confirmou o aumento nas notificações de óbito na capital paulista. “Nós tínhamos no dia 18 de abril 807 óbitos confirmados e 1.272 suspeitos. Portanto, 2.083 somando os dois. No dia 28, dez dias depois, a gente tem 1.418 óbitos confirmados e 1.739 óbitos suspeitos.  (Somando) São 3.157 óbitos na cidade. Um crescimento muito acentuado a partir do último final de semana”.

Leitos de UTI e taxa de ocupação

Para o secretário municipal da Saúde, ainda é preciso manter o isolamento social para minimizar os impactos no sistema de saúde pública. O chefe da pasta falou como está a capacidade dos hospitais municipais. “Nós ampliamos para 651 leitos de UTI na cidade e vamos chegar a 1.441 leitos de UTI no final de maio. A taxa de ocupação média nunca foi inferior a 70%. Ontem (29/4) foi 72%”.

Ações para combater o avanço da doença

Diante do atual cenário da pandemia, Edson Aparecido relatou quais medidas estão sendo adotadas pelo município para conseguir atender o maior número de pessoas. “A secretaria tem que se preparar para todos os cenários. Ante do cenário de avanço para a implantação dos leitos de UTI e de enfermaria, nós já contratamos quase 10 mil profissionais no sistema de saúde da cidade. É uma ampliação extremamente significativa”.

EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)

Questionado pela maioria dos vereadores sobre os EPIs disponíveis para os profissionais da rede de saúde municipal, o secretário explicou que a aquisição dos equipamentos segue as orientações do Ministério da Saúde. “Nós fazemos um processo de reabastecimento de toda a rede (de saúde) a cada três dias. Evidentemente que quem está dentro de um leito de UTI é um tipo de EPI, no leito semi-intensivo é outro tipo de EPI e quem está no atendimento é outro tipo de EPI”.

Edson Aparecido disse na reunião passada, e reforçou no encontro virtual desta manhã, que o consumo de máscaras individuais, por exemplo, que era de 250 mil por mês, saltou para 500 mil por semana. “Fizemos uma nova compra ontem (29/4) com um cenário de agravamento. O esforço de se ter as EPIs, e obviamente ser corretamente utilizadas, isso tem sido feito”.

Bonificação para os profissionais de saúde do município

Outro pedido recorrente de diversos parlamentares da Casa é para um possível bônus financeiro aos profissionais da rede municipal de saúde. “O prefeito pediu um estudo econômico sobre essa questão de um eventual abono para os profissionais de saúde. Ele está estudando isso para saber o que pode eventualmente ser feito”.

Viaturas do SAMU

O secretário de Saúde da capital também falou sobre o reforço que a cidade receberá com novas ambulâncias do SAMU. De acordo com o chefe da pasta, atualmente são 80 viaturas durante o dia e 65 à noite. “Nós vamos colocar em circulação (mais) 58 unidades do SAMU. Nós já contratamos 58 condutores, 186 médicos, 39 técnicos de enfermagem e 34 enfermeiros”.

Hospital Sorocabana

O Hospital Sorocabana, na Lapa, Zona Oeste da cidade, foi outro ponto da pauta da reunião. O secretário foi enfático ao falar sobre a utilização da estrutura para atender pacientes da Covid-19. “O (Hospital) Sorocabana é assunto do Estado. Ela (secretaria estadual da Saúde) não pode fazer a disponibilização daquele hospital para nós (Prefeitura). Fora que a reforma que tem que ser feita lá não é pequena e demora muito tempo”.

Hospital da Brasilândia

O Hospital de Brasilândia, Zona Norte, também foi um dos temas debatidos no encontro. E é justamente na região onde está concentrado o maior número de mortes na capital (81 óbitos até 24 de abril).  O local contará com 150 leitos de UTI e 30 de enfermaria.

“Brasilândia nós vamos abrir o hospital agora. A gente deve publicar no sábado (2/5) o chamamento do Hospital da Brasilândia. Como o hospital já está montado, em 20 ou 25 dias a gente põe para funcionar. Isso vai ser um reforço grande na região”, falou o secretário.

Hospital de campanha da ZL

Os vereadores também cobraram o secretário para instalar um hospital de campanha na Zona Leste da cidade. Edson Aparecido disse que a estrutura já está sendo providenciada e irá contar com o apoio da iniciativa privada. “O prefeito já determinou que o próximo hospital de campanha será na Zona Leste. O hospital, evoluindo, será em Itaquera. Sobre o local temos a alternativa da Arena Corinthians e do Sesc”.

Requisição de leitos da rede particular

Outro assunto tratado na reunião refere-se à requisição de leitos da rede particular de saúde. A proposta, inclusive, está inserida no PL (Projeto de Lei) 260/2020, aprovado na Câmara na Sessão Extraordinária Virtual de quarta-feira (29/4).

“A gente tem que seguir a legislação. A lei nos obriga a estruturar o leito público, depois convocar o filantrópico e finalmente fazer com o privado. O prefeito disse que se a situação se agravar muito o município pode, sim, requisitar leitos privados” disse Edson Aparecido.

Respiradores, tomógrafos e leitos em hospitais da periferia

Para auxiliar no tratamento de pacientes com coronavírus, Edson Aparecido disse que 97 aparelhos respiradores foram deslocados de AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) para hospitais municipais. “A gente foi deslocando os respiradores. Só mantivemos respiradores em AMAs muito longe, porque até a pessoa se deslocar demora muito”.

Sobre os equipamentos de tomógrafo, Edson disse que ao todo “são 32 novos tomógrafos. Trocamos todos os tomógrafos da cidade com emendas federais”.

Além disso, o secretário falou que a Prefeitura tem buscado acordos com hospitais particulares localizados em regiões periféricas da capital. “Estamos conseguindo balizar um valor muito bom de leito, que tem variado entre R$ 1.600 e R$ 2.200”.

Requerimentos aprovados

No fim da reunião, os vereadores membros da Comissão aprovaram dois requerimentos. Um deles, proposto pela vereadora Patrícia Bezerra, solicita à secretaria municipal da Saúde a disponibilização diária de dados atualizados sobre a taxa de ocupação dos leitos de UTI dos hospitais municipais e dos leitos de UTI requisitados aos hospitais da rede particular.

Já o outro requerimento foi apresentado pela vereadora Juliana Cardoso. A parlamentar solicitou informações referentes às aquisições realizadas para a área da saúde. Ela pede para que todas as compras de equipamentos e de produtos para a área da saúde sejam especificadas no Diário Oficial. Juliana também cobra no documento, os detalhes dos contratos de serviços prestados na capital paulista no enfrentamento da Covid-19.

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