LEANDRO CHAVES
DA TV CÂMARA
Cerca de 60 mil alunos da rede municipal de São Paulo estavam sem o serviço de transporte quando as aulas começaram, no dia 11 de fevereiro. A prefeitura mudou a forma de pagamento dos motoristas de vans escolares e não conseguiu finalizar o processo de contratação. O assunto foi discutido na reunião desta quarta-feira da Comissão de Trânsito da Câmara Municipal.
“A gente mora no Parque do Carmo, ele [seu filho, Cauan] está na escola professor Aurélio Arrobas Martins, e eles estão negando o transporte para o meu filho por que ele vem de transferência. Mas ele tem direito. A gente passa por duas avenidas, passa por áreas de riscos com grande fluxo de carros. Vou lutar até o fim pela situação do meu filho”, disse Juliana Campos, desempregada, presente à reunião da Comissão.
“A Câmara abriu essa oportunidade de apresentar o balanço, a fórmula e tirar todas as dúvidas quando o Executivo emitiu uma nota oficial apontando que 70% das crianças já estavam atendidas e que em 15 dias chegaria aos 100%. Só que esses 15 dias venceram”, disse o presidente da Comissão de Trânsito, vereador José Police Neto (PSD). “Agora [as autoridades] estão convocadas para manifestar à sociedade em qual ritmo vão ingressar essas crianças que ainda não foram recepcionadas no transporte escolar gratuito”, concluiu.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que mais de 2,3 mil condutores irão atuar no transporte escolar esse ano, contra 2,1 mil do ano passado.