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Comissão de Turismo discute Projeto do Distrito Anhembi e a realização de eventos-teste em SP

Por: NATALIA DO VALE - HOME OFFICE

15 de junho de 2021 - 16:31

Com as restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o setor de turismo e eventos amargou perdas econômicas bastante significativas e ainda não há previsão para a retomada de suas atividades. A reunião ordinária da Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia desta terça-feira (15/6) trouxe para o debate dois pontos importantes para esta recuperação do setor: a realização de eventos- teste em São Paulo, e o futuro do Anhembi, importante espaço cultural e turístico da cidade.

A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão, vereador Rodrigo Goulart (PSD), e contou com a presença do presidente da SPTuris (São Paulo Turismo), Luiz Álvaro Salles, Daniel Galante, representante da GL Events, Armando de Arruda Pereira Campos Mello, representante do SINDIPROM (Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo), Paulo Passos, diretor-executivo da ABRACE (Associação Brasileira de Cenografia e Estandes) e Antônio Reinales, vice-presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de SP).

Concessão do Complexo do Anhembi

O primeiro tema da pauta foram as mudanças esperadas para o Complexo do Anhembi após sua concessão para a inciativa privada. O espaço foi cedido à empresa GL Events por 30 anos, que passará a ser responsável pela gestão, manutenção e exploração comercial da área.

A GL Events deverá modernizar o complexo, que completou 50 anos em 2020 e passará a se chamar Distrito Anhembi, e, em contrapartida, poderá explorar comercialmente a área, que recebe feiras de negócios, congressos, convenções, shows e festivais, além e ser palco dos desfiles de carnaval da cidade.

Entre as mudanças previstas para o novo projeto estão a requalificação do Pavilhão de Exposições, a reforma do Sambódromo, e a ampliação e a diversificação de áreas locáveis, com o aumento da área do Palácio das Convenções.

Distrito Anhembi

No início da reunião, Daniel Galante, representante da GL Events, apresentou o novo projeto do espaço e falou das expectativas quanto aos resultados após as mudanças previstas: “Temos a previsão de movimentar R$ 5 bilhões por ano na cidade, gerando emprego e renda. O Anhembi nasceu em 1970 para ser o principal destino dos eventos da América Latina e queremos resgatar isso. Com as mudanças, o espaço estará pronto para abrigar eventos de todos os tipos e portes, desde negócios a campeonatos esportivos, e isso nos coloca como grandes concorrentes mundiais neste setor. A GL está em 20 países e tem competência para fazer esse projeto ser um grande sucesso”, comentou.

Luiz Álvaro Salles, presidente da SPTuris, também esteve presente e comentou o processo de concessão: “Os trâmites caminham bem, fizemos o lançamento do projeto e tivemos bons retornos. Nele estão inclusos a primeira arena multiuso de São Paulo, mais habitações para locação no hotel e a modernização completa do espaço. Ao todo, vamos investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos e pretendemos nos tornar mundialmente competitivos, mas tudo isso mantendo a tradição do samba e a importância do Sambódromo para a cidade”, explicou.

Para o representante do setor hoteleiro, Antônio Reinales, “São Paulo precisa ter um espaço à altura da cidade e após a pandemia isso ajudará muito porque atrairá mais hóspedes. Parabenizo os colegas da Casa pela inciativa de acreditar e buscar saídas para o Anhembi e espero que o novo projeto contribua para a recuperação do setor de eventos e turismo da capital paulista”.

Armando de Arruda Pereira Campos Mello, representante do SINDIPROM manifestou otimismo com a proposta do novo Anhembi para o setor de eventos. “Um equipamento deste porte é muito importante e uma coisa que precisa ser destacada é que, com essas mudanças, vamos poder disputar o top five dos maiores eventos do mundo. Tenho certeza de que GL tem competência para contribuir com o desenvolvimento do nosso setor. Acho que a área de entretenimento vai ganhar a qualidade que São Paulo merece”, disse o representante do sindicato.

A palavra dos vereadores

O vereador Rodrigo Goulart (PSD) mostrou-se entusiasta do projeto e manifestou apoio às mudanças: “Eu acompanhei muito de perto essa concessão e acredito muito no projeto. A GL mostra em SP e no Brasil a sua competência e sei que vocês transformarão este importante equipamento público em um grande espaço de eventos para a cidade com potencial para levar São Paulo para o mundo todo”.

Na mesma linha, o vereador Marcelo Messias (MDB) elogiou o projeto e falou de sua importância para o setor: “A cidade de São Paulo vai ganhar muito com esse distrito tão inovador. É bom ver a cidade crescendo cada vez mais neste setor que tanto tem sofrido com a pandemia. Parabenizo a todos os envolvidos e aguardo com entusiasmo a implantação do novo projeto”.

Em suas considerações o vereador Sansão Pereira (REPUBLICANOS) apontou aspectos que considera de grande impacto no novo projeto. “Acredito que o projeto do Anhembi trará um retorno muito positivo para a cidade porque vai possibilitar que todos os tipos de eventos aconteçam num mesmo local. Tem arena de shows e esportes, podemos realizar eventos de entretenimento e também feiras de negócios. E com a alta tecnologia que vocês mostraram na apresentação, será mais fácil também promover eventos mistos, ainda tão necessários neste contexto de pandemia”, pontuou.

Eventos-teste

No próximo dia 21 de julho, em Santos, litoral paulista, acontecerá a Expo Retomada, com público estimado de 750 visitantes por dia, 1500 no total, com testagem obrigatória, além dos demais protocolos obrigatórios de segurança.

Os eventos-teste, como o previsto para julho, são eventos sugeridos pelo Governo do Estado de São Paulo para preparar um planejamento seguro para a real implementação do calendário de Feiras de Negócios e Congressos no segundo semestre de 2021.

O objetivo da iniciativa, segundo Paulo Passos, representante da ABRACE (Associação Brasileira de Cenografia e Estandes), que também participou do debate, é “demonstrar do ponto de vista científico que as feiras podem ser seguras se seguirem os protocolos. Já fizemos três eventos e agora faremos este quarto para demonstrar para o setor e para a população que fazer uma feira ou congresso em São Paulo é extremamente seguro. Isso é essencial para fomentar a retomada do setor”, explicou.

Armando de Arruda Pereira Campos Mello, representante do SINDIPROM, explicou que os trabalhadores dos setores de turismo e eventos trabalham para que haja a retomada com protocolos seguros e que por isso os eventos-teste são importantes. “O evento de Santos nos permitirá mostrar o quão seguros os eventos no país serão neste novo contexto. Nosso objetivo é mostrar que, seguindo os protocolos sanitários adequados, podemos sim fazer eventos, acompanhar os visitantes por 15 dias for necessário, monitorar. Enfim, tem como retomar os trabalhos com segurança”.

Para o vereador Sansão Pereira (REPUBLICANOS), a realização dos eventos associada à aceleração da vacinação antecipará a retomada: “Quanto aos eventos-teste, acho que com o avanço da vacinação teremos sucesso e a breve retomada das atividades. Vou me esforçar para estar neste de julho e apoiar a causa”, afirmou.

Protocolo sanitário de shoppings questionado

Os protocolos sanitários adotados pelos shoppings também foram discutidos na reunião. Para os participantes, os eventos, por serem previamente organizados, ofereceriam maior segurança que os shoppings adotando protocolos mais rígidos, no entanto, seguem abertos enquanto o setor de eventos ainda não tem perspectiva de retomada das atividades.

Daniel Galante, da GL Events, falou sobre aquilo que ele entende como contradição. “A realização dos eventos-teste também servirá para que possamos equiparar os eventos de negócios, que é disso que estamos falando hoje, ao funcionamento dos shoppings. Se estes estão podendo funcionar, poderíamos também ter os eventos acontecendo. Isso ajuda muito a economia como um todo da cidade temos condições de organizar com todo o cuidado necessário”.

O vereador Rodrigo Goulart (PSD) também se manifestou a favor da retomada do setor e criticou os critérios adotados pelo governo: “Sou a favor da retomada de todos os setores. Acho estranho termos os shoppings abertos e os eventos que são ainda mais rigorosos quanto aos protocolos estarem parados. No shopping só há medição de temperatura. Eu tive Covid no ano passado e não tive febre. Só medir a temperatura não adianta nada. Nos eventos podemos exigir comprovante de vacinação, exigir a testagem, distanciamento. Tenho certeza de que estes eventos-teste provarão isso”, afirmou.

Impactos da retomada

Participante da reunião, Armando de Arruda Pereira Campos Mello, do SINDIPROM,  abordou o impacto financeiro positivo que a retomada das feiras e eventos de negócios trará para a cidade. “Os eventos movimentam no Estado de São Paulo cerca de R$ 300 bilhões por ano. Só na capital paulista são R$ 16,5 bilhões anuais, sendo que hotelaria e a gastronomia representam R$ 4 bilhões por ano. Nós temos um peso grande, e assim que esta retomada nos for permitida teremos 100 mil trabalhadores retornando suas atividades e movimentando a economia da capital. Hoje os profissionais do setor estão passando dificuldades”.

Antonio Reinales, vice-presidente da ABIH, expôs a necessidade da retomada dos eventos para a recuperação do setor hoteleiro da cidade. Para ele, os eventos-teste serão um primeiro passo para a reabertura. “Os eventos movimentam os hotéis. Sem eles, a ocupação está a cada dia mais baixa.  Neste sentido, a retomada dos eventos de negócios e das feiras trará um fôlego. Concordo com o vereador Rodrigo Goulart, por que o shopping está aberto sendo que apresentam protocolos menos rigorosos e a gente não pode voltar? Aproveito aqui a oportunidade para agradecer a vocês pelo apoio têm dado ao setor”.

A íntegra da reunião pode ser conferida aqui.

 

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