A falta de investimentos e a integração entre os Governos Municipal, Estadual e Federal seriam os principais problemas que atravancam o atendimento de emergência na Capital. É o que defenderam os especialistas que participaram nesta quarta-feira de uma audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher.
Segundo o diretor da Câmara Técnica do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Françoso, faltam investimentos para motivar os profissionais. É fundamental pensarmos em políticas de reconhecimento para os profissionais que trabalham com emergência, é preciso motivá-los e fazer com que essas pessoas sejam fiéis ao trabalho, e não apenas terceirizar o serviço da saúde, analisou o diretor.
O vice-presidente da comissão, vereador Natalini (PV), afirmou que é fundamental investimento para que a população tenha um serviço de emergência e urgência de qualidade. O Sistema Único de Saúde tem muitos problemas, mas é ele quem ajuda a sociedade. Precisamos de mais dinheiro e, por isso, defendo que 10% do orçamento Federal sejam destinados à saúde, disse.
O coordenador da gerência hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Paulo Kron, destacou os trabalhos que a Prefeitura vem desenvolvendo na área da saúde. Aumentamos o número de leitos oferecidos em São Paulo e também o serviço do Samu ( Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ) está cada vez melhor e mais rápido, afirmou.
No entanto, Kron também sinalizou para a necessidade de melhorias. Estamos trabalhando para interligar o serviço de urgência e emergência do município e do estado, acrescentou.
O presidente da comissão, vereador Jamil Murad (PCdoB), avaliou como importante a audiência pública desta quarta-feira. Identificamos os principais problemas na urgência e emergência em São Paulo, e percebemos que é fundamental que os governos Municipal e Estadual tenham um serviço único, e também precisamos pensar em ações para valorizar esses profissionais, disse.
(27/06/2012 17h40)