O desafio de transformar a cidade de São Paulo e o próprio Palácio Anchieta em ambientes mais verdes e saudáveis foi o assunto da reunião da Comissão de Meio Ambiente nesta quarta-feira. Membros da ONG Floresta Urbana, que trabalha na inserção de natureza nas cidades, apresentaram seus principais projetos e estudos sobre o assunto.
Segundo Jörg Spangenberg, diretor técnico da organização, o aumento de vegetação dentro do município pode trazer benefícios que somam R$ 4 bilhões por ano. A economia ocorreria tanto na diminuição de enchentes por conta do aumento da permeabilidade do solo até numa maior eficiência energética com a redução da temperatura média em edifícios e o sequestro de carbono.
Spangenberg lembrou ainda que o plantio de árvores e a criação de jardins traz conforto ambiental, beleza e estimula a convivência dos cidadãos. Como exemplo, ele citou a arborização de Heliópolis e um jardim vertical implantado próximo ao metrô Sumaré. Pensamos em colocar irrigadores automáticos, mas o cuidado com a vegetação incentiva o contato entre as pessoas, ressaltou Thelma Spangenberg, presidente da Floresta Urbana.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), mostrou-se otimista quanto à mudança de consciência da população, porém afirmou que ela é bastante lenta. Tivemos sempre a cultura de ir até a natureza buscar as coisas. Precisamos de uma grande revolução que faça as pessoas enxergarem que não é assim, observou.
NA CÂMARA
O secretário de Infraestrutura da Câmara Municipal, Rodrigo Ravena, explicou durante a reunião as mudanças pelas quais a sede do Parlamento está passando, também com foco na sustentabilidade.
Estamos em um processo de intervenção para o prédio inteiro. Nosso maior problema hoje é que o centro é muito quente e o prédio, da maneira como foi construído, não é para os trópicos, disse Ravena. Segundo ele, racionalizar o uso do ar-condicionado é a maior dificuldade no projeto de diminuir o consumo de energia elétrica da Casa, porém sua equipe deverá apresentar algumas propostas nesse sentido.
Ravena também se mostrou animado com a ideia dos jardins verticais da Floresta Urbana, e afirmou que isso pode atender ao desejo geral de ampliar a área verde do entorno do Palácio Anchieta, principalmente no edifício garagem que integra a estrutura da Câmara. Teremos um telhado verde, mas faltava algo para essa área, que é lajeada, observou.
(10/10/2012 – 13h27)
