A Comissão de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia discutiu nesta quarta-feira (23/3) sobre as mudanças no programa Vai e Volta, de transporte escolar gratuito. Estiveram presentes representantes das secretarias de Transporte e da Educação.
Neste mês, a prefeitura de São Paulo fez uma revisão do programa. Dentre as principais mudanças, a mais importante é que a partir deste ano os pais e responsáveis poderão determinar quem fará o transporte do estudante. Além disso, a remuneração dos profissionais cadastrados para realizar o transporte foi estipulada em R$ 155,19 para cada assento ocupado e, no caso de crianças com mobilidade reduzida, em R$ 775,95.
De acordo com Marcos Rogério de Sousa, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação, em torno de 4000 crianças ainda carecem de atendimento, sendo que 2 mil entraram com o pedido nos últimos dias. “Tem um conjunto de demandas que não está sendo atendida porque a criança se cadastrou agora, na última segunda-feira. Então é natural para que esse atendimento se regularize”, disse.
Segundo Roberto Brederode, diretor do Departamento de Transporte Público, regulamentar o serviço de transporte gratuito para os estudantes foi uma necessidade jurídica que se encontrou, que anteriormente estava em regime emergencial e juridicamente isso não era bom.
Para o presidente da comissão, o vereador Police Neto (PSD) ainda há muitas dúvidas sobre a mudança no Vai e Volta. “A gente saiu com mais dúvidas e maiores intranquilidades. Primeiro que nos parece que o sistema pode não fechar. As vans vão ter a lotação a partir da demanda pública, mas podem ter que ser complementadas com dinheiro privado. A gente pode dizer que se faltar esse privado em um momento de crise, pode ser que as vans não rodem”, ressaltou.
Uma nova reunião será realizada pela comissão com o objetivo de entender como a demanda pelo serviço é gerada,absorvida e distribuída nos veículos.