A energia solar fotovoltaica foi o tema da reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente realizada nesta terça-feira (16/12). O objetivo foi debater os entraves para a efetiva adoção da energia solar no Brasil.
Presente na reunião, o professor da Universidade de São Paulo, Sérgio Pacca, afirmou que um dos principais problemas do Brasil é a falta de incentivo para instalar os painéis solares, além dos preços altos para a sua produção. “As grandes empreitaras até têm financiamento, mas os pequenos empreendedores não. Essa energia é interessante no sentido de reduzir a emissão de gás carbônico”, disse.
A Itália é o país que mais produz energia solar, principalmente na região da Sicília, no sul do país. Segundo Pacca, os italianos produzem 7% da eletricidade que eles consomem a partir da energia solar. Já a Alemanha é o país que tem mais capacidade instalada, o equivalente a três usinas de Itaipu. São cerca de 32 mil megawatts de energia gerados por painéis fotovoltaicos e coletores térmicos.
No Brasil, a produção de energia solar corresponde a cerca de 0,01% do que o país consume, de acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Para o vereador Natalini (PV), que organizou o debate, a busca por energia renovável é fundamental para o combate ao aquecimento global. “[A energia solar] é a principal energia à disposição, é gratuita, e nós temos pouca discussão sobre isso. Os governos são relapsos em relação a essa questão”, afirmou.