Moradores de um terreno no lado par da Avenida Presidente Wilson, na Zona Leste de São Paulo, na altura do número 2000, compareceram nesta quinta-feira à reunião da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais. O terreno em que vivem é de propriedade da Prefeitura e foi ocupado há mais de dez anos.
Além de reivindicarem a inclusão no Parceria Social programa municipal de auxílio ao pagamento de aluguel , como ocorreu com moradores do lado ímpar da mesma avenida, eles criticaram a truculência da Polícia Militar no local durante a remoção das famílias.
Segundo André Araújo, advogado representante dos moradores da Presidente Wilson, “A PM tem agido de forma agressiva, entrando sem ordem judicial a qualquer hora do dia”. Daniela Lopes de Melo, moradora da região, afirma que chegou ir à Corregedoria da Polícia Militar, porém depois a corporação se recusou a dar o número do processo ao advogado encarregado do caso.
O presidente da comissão, vereador Jamil Murad (PCdoB), fará uma reunião com o secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, para apurar as denúncias, uma vez que a PM é de responsabilidade do Governo do Estado.
Ítalo Cardoso (PT), vice-presidente da comissão, defendeu uma investigação também no âmbito municipal. “Ações como essa têm se repetido em vários pontos da cidade. A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras precisa esclarecer se isso não é uma política adotada para as remoções”, afirmou.
LEIA TAMBÉM:
Moradores protestam contra ação de despejo
(18/08/2011 – 16h20)