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Comissão discute situação dos moradores de rua em SP

9 de agosto de 2011 - 15:53

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A situação dos moradores de rua na cidade de São Paulo foi debatida nesta terça-feira em reunião da Comissão do Idoso e de Assistência Social. Segundo dados apresentados pelo presidente do colegiado, vereador Cláudio Prado (PDT), a capital tem hoje mais de 13,6 mil pessoas nessas condições.

Conhecido defensor dos moradores de rua, o padre Julio Lancellotti compareceu à reunião e citou diversos aspectos que deveriam ser mudados, segundo ele, para que haja um melhor atendimento a essa população.

Um deles seria a instituição de um Conselho Municipal para cuidar da causa dos moradores, dando fim ao Conselho de Monitoramento em vigor atualmente. Segundo Lancellotti, hoje a questão é tratada apenas do ponto de vista da assistência social, sendo que também existem responsabilidades concernentes às áreas de moradia, trabalho e saúde, entre outras. “O Conselho de Monitoramento deveria ser alçado à condição de Conselho Municipal para que a questão fosse vista na sua complexidade e abrangência”, disse.

O padre também criticou a possibilidade de internação compulsória de moradores de rua dependentes químicos, discutida pela municipalidade. “Sempre me pergunto a razão de não prenderem compulsoriamente os traficantes. Ficamos enxugando o chão com a torneira aberta, querendo pegar apenas os dependentes”, comentou Lancellotti. Segundo ele, falta em São Paulo uma política clara em relação ao tratamento ao vício. “Onde a população consegue atendimento? Onde uma mãe vai? Onde ela busca apoio”, questionou.

Já o coordenador da Associação Rede Rua, Alderon Pereira Costa, repercutiu o crescimento do número de moradores de rua nos últimos anos. “Tem alguma coisa acontecendo e precisamos descobrir o que é. A situação dessas pessoas é um drama e estamos nos acostumando com isso”, declarou, acrescentando que a população vem aumentando na faixa de 30% a cada cinco anos”.

Anderson Lopes Miranda, coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, por sua vez, pediu a destinação de uma parcela maior do Orçamento municipal à causa e a criação de políticas de emprego aos moradores de rua. “A população precisa sair da invisibilidade”, declarou.

(09/08/2011 – 15h53)

 

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