O tráfico de animais silvestres voltou a ser discutido na reunião da Comissão de Estudos de Proteção Animal que aconteceu nesta quarta-feira (17/06) na Câmara Municipal. Segundo o capitão da Polícia Militar Ambiental, Marcelo Robis Francisco Nassaro, metade das apreensões dos bichos em todo Estado acontecem na região metropolitana de São Paulo. “80% dos animais apreendidos aqui provêm de outros estados, por isso uma regra municipal de combate ao tráfico não vai resolver o problema. É necessário uma política nacional. Os municípios podem contribuir com a educação ambiental, ela é importante para que as pessoas não queiram ter animais”, defendeu ele.
O vereador e presidente da Comissão, Roberto Tripoli(PV), defende a criação de leis especificas de combate ao comércio para o município. “São Paulo serve de exemplo para o Brasil. E, além disso, as decisões do Congresso Nacional são muito demoradas”, completou ele.
A impunidade dos traficantes de animais foi uma das razões apontadas pelo delegado da 7ª Delegacia Seccional, Jair Ortiz, para a reincidência dos crimes. “Os traficantes não são presos, porque a detenção não é prevista no Código Penal. Precisamos investigar outros delitos para enquadrá-los e, assim, aplicar penas mais duras”, afirmou.
O capitão Nassaro explicou que houve um repasse de atribuições do IBAMA para o governo do estado. Foi criado o CADFAUNA que é um Cadastro Estadual das Atividades que utilizam animais da fauna silvestre nativa ou exótica, seus produtos e subprodutos no Estado de São Paulo, com o objetivo de normatizar a proteção da fauna silvestre, combater o comércio ilegal de animais e instalar locais de recebimento de animais silvestres capturados.
Também estiveram presentes na reunião os vereadores Aurélio Miguel(PR), Atílio Francisco(PRB),Gilberto Natalini(PSDB) e representantes da Guarda Civil Ambiental
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