A Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente se comprometeu a começar uma “cruzada” para que os rejeitos nucleares da antiga sede da empresa Nuclemon, na Zona Sul de São Paulo, sejam levados para outro lugar. O compromisso é resultado da visita técnica que os parlamentares realizaram em 18 de abril e cuja avaliação foi apresentada nesta quarta-feira, em reunião ordinária da comissão.
Após a vistoria, os vereadores concordaram que, independentemente do grau de atividade nuclear do material depositado na antiga sede da Nuclemon, o lixo contaminado por urânio e tório deve ser retirado de lá o quanto antes.
“Ninguém quer isso do lado de casa”, afirmou o vereador Natalini (sem partido), presidente da comissão, lembrando que a cerca de 20 metros do terreno estão sendo construídos condomínios residenciais, separados da área contaminada apenas por uma cerca comum. O vereador Ítalo Cardoso (PT) questionou se essa cerca realmente isola a mancha radioativa da região, defendendo uma investigação da área externa ao terreno.
Ele também lembrou que cabe à União decidir sobre todos os assuntos referentes à indústria nuclear, inclusive os rejeitos. Tanto ele quanto os outros membros da Comissão do Meio Ambiente acreditam que o material permanecerá no Estado de São Paulo, porém que há locais mais apropriados para o despejo.
Próxima vistoria
A Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente fará em 2 de maio uma vistoria ao centro de inspeção veicular da Controlar da Barra Funda, Zona Oeste da capital. Acompanhados de diretores da empresa e de corpo técnico, os vereadores pretendem aprofundar o debate sobre a poluição do ar na cidade de São Paulo.