A relação entre o esporte e o turismo tem agregado valor à capital paulista, atraindo pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo. Como consequência, a combinação esportiva e turística movimenta a economia local e gera conhecimento. Diante da relevância do assunto, nesta quinta-feira (12/9), a Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia recebeu profissionais de diferentes áreas dos setores.
Um dos temas da reunião tratou do Museu do Futebol, que fica no Estádio Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu – na zona oeste da capital paulista. O presidente da Comissão, vereador Rodrigo Goulart (PSD), apresentou um breve histórico do espaço e destacou que o equipamento foi criado por meio de uma lei municipal aprovada em 2005 pela Câmara Municipal de São Paulo. Rodrigo lembrou ainda que o projeto que instituiu o Museu foi protocolado na Casa, em 1999, pelo pai dele, o ex-vereador Antonio Goulart.
“Isso nos enche de satisfação, para que o Museu se torne um grande legado para a cidade. Ele é um dos museus mais movimentados da cidade de São Paulo, se não o mais movimentado”, disse Rodrigo Goulart.
Para falar mais sobre o Museu do Futebol, a Comissão recebeu a Marília Bonas – historiadora e diretora técnica do local. Ela explicou que atualmente o espaço é vinculado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. “É um Museu que está alinhado com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). Atuamos na frente da saúde, bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, redução das desigualdades e cidades e comunidades sustentáveis”.
Marília afirmou que desde a inauguração, 4,7 milhões de pessoas conheceram o Museu. De acordo com a diretora técnica do espaço, a expectativa neste ano é receber mais 350 mil visitantes no local. “É um lugar turístico da cidade. Sabemos que com a reabertura do estádio, o potencial só cresce. E nessa renovação, temos algumas agendas específicas. A primeira é a de trazer o futebol feminino, que não era uma história contada no Museu”.
A reunião desta quinta também contou com representantes do futebol americano – uma das modalidades esportivas mais tradicionais nos Estados Unidos. Cris Kajiwara, presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano, ressaltou que na semana passada o esporte ganhou destaque no Brasil. Isso porque na última sexta-feira (6/9), a Arena Corinthians, na zona leste da cidade, sediou uma partida da NFL (National Football League) entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers.
“O futebol americano estava em evidência na última semana, visto o jogo da NFL. A cidade toda respirando e falando desse jogo, de uma liga tão grande e importante. Mas, aqui no Brasil, a gente já pratica a modalidade há mais de 20 anos”, afirmou Cris. “Temos mais de 300 times de futebol americano e de flag football em todo o país”.
O flag football é uma versão que se assemelha com o futebol americano, porém tem menos contato físico e é mais acessível. A modalidade foi selecionada como esporte olímpico pelo Comitê Olímpico Internacional. A estreia será nas Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
Presidente da Federação Paulista de Futebol Americano, Ricardo Trigo também falou sobre o jogo entre o Philadelphia Eagles e o Green Bay Packers na Arena Corinthians. Trigo disse que a partida trouxe impactos positivos para a capital paulista. “Esse evento movimentou mais de cinco mil empregos diretos e indiretos na cidade de São Paulo, e mais de R$ 300 milhões. Um ganho extremamente significativo”.
Equipotel e demanda do setor hoteleiro
Dando continuidade aos temas da pauta, a Comissão abriu espaço para discutir outros assuntos relacionados a eventos. Para falar da edição 2024 da Equipotel, que vai acontecer de 17 a 20 de setembro no Expo Center Norte, zona norte da capital, a reunião contou com a participação do Daniel Pereira, gerente de produto da Equipotel.
“É um evento que contempla todo esse hub do turismo nacional e da hotelaria – uma indústria tão pujante e tão forte. Quem não gosta de se hospedar, de viajar? E a Equipotel, ao longo dos seus 61 anos, vem trazendo essa perspectiva em um momento marcante para nós, como organizadores, e para os visitantes, que trazem essa relevância”, falou Daniel.
Representando o SindHoteis (Sindicato de Hoteis de São Paulo) SP, Ivan Baldini, diretor da entidade, destacou a necessidade de novas unidades hoteleiras na cidade, já que os eventos têm movimentado a capital. “Estamos, graças a Deus, com uma boa procura. Isso em função, principalmente, do setor de eventos”.
No entanto, Baldini também aproveitou a reunião da Comissão do Turismo para apresentar uma demanda da categoria. Ele falou sobre o procedimento de obtenção do Auto de Licença de Funcionamento com mais facilidade. “O setor de gastronomia tem toda essa facilidade em obter a licença de funcionamento, que o setor de hospedagem – digo hospedagem que respeitaria o enquadramento do decreto – que é hospedagem que se instala em construções com limite máximo de 1.500 metros quadrados de área computável”.
Além de Rodrigo Goulart (PSD), os vereadores Sansão Pereira (REPUBLICANOS), vice-presidente da Comissão, e Sandra Santana (MDB), integrante do colegiado, registraram presença na reunião.
A íntegra da reunião da Comissão do Turismo está disponível no vídeo abaixo: