Os parlamentares que integram a Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente foram, nesta quinta-feira (4/5), até os escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, que pegou fogo na madrugada da terça-feira (1/5), no Largo do Paissandu, centro de São Paulo.
A diligência realizada pelos vereadores no local da tragédia foi solicitada por um requerimento de autoria do vice-presidente da Comissão de Política Urbana, vereador Alfredinho (PT). “Nós viemos colher mais informações com os Bombeiros, com a Defesa Civil e com representantes da Prefeitura. A Câmara também vai retomar com urgência o debate sobre habitação e moradia. Analisar quais prédios abandonados podem ser reformados e adaptados e quais precisam ser demolidos. Todos esses fatores serão discutido junto com a Prefeitura”, afirmou o vereador.
Os vereadores José Police Neto (PSD) e Fábio Riva (PSDB) que fazem parte da Comissão de Política Urbana também estiveram presentes. Para o vereador José Police Neto, a cidade precisa atualizar as leis relacionadas às questões habitacionais. “O município necessita de uma legislação moderna que trate da adaptação de prédios abandonados para moradias, reduzindo os custos e o tempo das reformas”, ressaltou o vereador.
Já o vereador Fabio Riva (PSDB) confirmou a formação de uma Frente Parlamentar para investigar as causas do incêndio, assim como a situação das muitas famílias que vivem em situação semelhante de moradia na cidade de São Paulo. “Eu estou convocando todos os vereadores porque a política habitacional é de responsabilidade da Câmara. Vamos nos reunir para apresentar propostas para o Executivo. É um momento difícil, estamos solidários com toda esta situação e o Legislativo fará o que for preciso para garantir moradia digna e com segurança para aqueles que precisam”, disse.
No local, os parlamentares conversaram e parabenizaram os Bombeiros e a Defesa Civil pelo trabalho que estão realizando e também estiveram com as famílias que viviam no edifício, e que agora estão desabrigadas, ouvindo os pleitos delas.
A maranhense Neíude Pinto Pereira, grávida de quatro meses, que morava no edifício há mais de dois anos com um filho de dois anos lamenta ter perdido o pouco de objetos e roupas que possuía. “Por sorte não estávamos dentro do prédio. Graças a Deus recebemos bastante ajuda como comida, roupa, mas precisamos mesmo é de moradia e isso tem que ser resolvido logo”, disse.
A moradia segura também é o desejo da peruana Gredy Canquiri Yume, que residia no edifício desde 2016. “Estamos aqui esperando que as autoridades resolvam a nossa situação. Não queremos ir para albergues. Queremos um teto nosso”, afirmou.
O coordenador de operações dos Bombeiros, major Danilo Godoy, falou sobre o trabalho minucioso e perigoso que ainda está sendo realizado no local dos escombros do desabamento. “Existem as equipes de busca e resgate e também as equipes que continuam cuidando do resfriamento da estrutura metálica. E, continuamos na procura pelos desaparecidos”, disse o major.
Confira fotos da inspeção: