Fábio Jr Lazzari/ CMSP
A demora na implantação de galpões de coleta seletiva na cidade de São Paulo foi tema de audiência pública nesta quarta-feira na Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente.
Os debates foram centrados no contrato de concessão firmado com a empresa Loga (Logística Ambiental de São Paulo S.A.), que prevê a implantação de cinco desses centros de triagem até 2012, construídos em áreas disponibilizadas pela prefeitura. Até agora, no entanto, nenhum entrou em operação.
“Faltou a junção da vontade com a necessidade para encontrar espaços para a instalação dos galpões”, disse o vereador Juscelino Gadelha (PSDB). Segundo ele, “o Brasil é um país com tradição em reciclagem e muita gente sobrevive disso, mas é triste saber que muitos diretores já passaram pelas empresas concessionárias e nenhum resolveu de fato o problema”. “É um tema que há muito tempo a gente discute na Câmara, mas não conseguimos avanços”, acrescentou.
O presidente da Loga, Luiz Gonzaga, afirmou que “lamentavelmente” o contrato sobre a instalação dos galpões de coleta seletiva foi “estraçalhado” e houve um adiamento das datas previstas para entregá-los. “Se o curso inicial (do contrato) tivesse sido respeitado, seguramente não estaríamos aqui hoje dando essas explicações”, declarou Gonzaga.
O presidente da comissão, vereador Paulo Frange (PTB), também criticou a mudança promovida no contrato de concessão e comentou que isso poderá trazer “problemas muito grandes” no futuro, inclusive sendo questionado judicialmente.
O diretor da Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana, órgão gerenciador dos serviços de limpeza urbana prestados na cidade de São Paulo), Luiz Fragoso, por sua vez, disse que já solicitou ao Executivo a “imediata antecipação das datas” para a instalação dos centros de triagem. “As correções estão sendo feitas”, garantiu.
(04/05/2011 – 13h35)