Gute Garbelotto/CMSP
A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher definiu em reunião nesta quarta-feira que solicitará informações à Secretaria Municipal de Saúde sobre o plano de expansão de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) na área do Grajaú/Capela do Socorro. A demanda foi aprovada após o Movimento Popular de Saúde de Capela do Socorro verificar que não existe previsão nos Orçamentos de 2010 e 2011 de novas unidades na região.
“A população desta região é de 422 mil pessoas. No entanto, existem apenas quatro unidades de Atendimento Médico Ambulatorial e 16 Unidades Básicas de Saúde. Para que todos consigam ser atendidos, seriam necessários ao menos o triplo de AMAs e o dobro de UBSs. Basta compararmos com a Penha. Nessa região são 250 mil pessoas e eles contam com oito AMAs e 19 UBSs. Isso mostra a falta de planejamento e a péssima administração que acontece em São Paulo”, declarou a presidente da Comissão, vereadora Juliana Cardoso (PT).
Além deste documento, o colegiado aprovou o parecer favorável ao Projeto de Lei 0013/2009, do vereador Quito Formiga (PR), que dispõe sobre a criação de uma frente parlamentar de combate à intolerância religiosa.
Debate
Na reunião desta quarta-feira, os vereadores Juliana Cardoso, Gilberto Natalini (sem partido), Noemi Nonato (PSB), Milton Ferreira (PPS), Claudio Prado (PDT) e Sandra Tadeu (DEM) discutiram a situação do Programa Municipal de Hanseníase e o funcionamento do Ambulatório de Especialidades Alexandre Yazbek, que atende hansenianos.
As principais questões colocadas para a coordenadora regional de Saúde da Região Sudeste da capital paulista, Helena Zaio, e para a coordenadora do Controle Municipal de Hansenianos, Silvia Regina, foram a falta de insumos para tratamento, qual a previsão para o problema ser resolvido, quantos hansenianos existem e quantos estão sendo tratados.
Segundo Helena, não faltam insumos para os tratamentos dos pacientes. “Nós temos uma entrega sistemática de remédios. A cada 15 dias repomos os medicamentos necessários. No entanto, no caso de creme de ureia que não é padronizado pelo Ministério da Saúde – estamos fazendo a manipulação, e mesmo se o Estado não entregar, estamos cuidando para que isso não falte”, explicou.
De acordo com Regina, existem em São Paulo 33 unidades de referência para o tratamento de hanseníase, e elas estão espalhadas por todas as regiões. “Registramos cerca de 300 casos da doença. No entanto, cerca de 95% são de pessoas que vêm de outro Estado. Já o creme de ureia não é considerado indispensável para o tratamento”, afirmou.
A vereadora Sandra Tadeu disse que a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher irá fiscalizar a Prefeitura e os órgãos responsáveis. “Precisamos cobrar para que não falte medicamento”, comentou.
(04/05/2011 – 17h57)