A Comissão de Finanças e Orçamento aprovou nesta quarta-feira (28/10) um requerimento para que o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, seja convidado para participar da reunião do colegiado para explicar os detalhes do processo de licitação para a delegação, por concessão, da prestação e exploração do serviço de transporte coletivo público de passageiros.
O projeto prevê que as empresas contratadas deverão oferecer linhas estruturais, regionais e locais. A previsão é aumentar a oferta de viagens em 24% e o número de assentos disponíveis em 13%. No total, a prefeitura de São Paulo vai licitar 27 lotes para a iniciativa privada e companhias estrangeiras poderão participar da disputa.
“É importante que o secretário venha até a Comissão para podermos discutir item por item dessa licitação”, explicou um dos autores do requerimento, vereador Adilson Amadeu (PTB), que se mostrou contrário ao processo como a licitação está sendo realizada. “Protocolei hoje no TCM (Tribunal de Contas do Município) um pedido de suspensão das licitações do transporte porque os terminais de ônibus ficaram por 40 anos sendo administrados por uma empresa e agora eles serão administrados pelas empresas de transportes e a licitação ainda permite que companhias de fora participem. Vejo muitas irregularidades nesse processo”, acrescentou.
Para o vereador Jair Tatto (PT), talvez essa reunião nem seja necessária após a audiência pública que será realizada nesta quinta-feira com a presença do secretário de Transportes para discutir o Orçamento desta pasta para o próximo ano. “Todas as dúvidas deverão ser esclarecidas durante a audiência pública e, com certeza, o processo de licitação de ônibus estará no debate”, declarou.
O colegiado solicitou, por meio de requerimento de Amadeu, que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que sejam encaminhados dados sobre o valor arrecadado com multas de trânsito, quantidade de infrações de trânsito em média é feita por dia em São Paulo neste ano e o gasto com reposições de placas indicativas de velocidade tendo em vista a política de redução de velocidade das vias.