A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (15/6) requerimento do vereador Aurélio Nomura (PSDB) para que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) expliquem as denúncias feitas pela imprensa sobre casos de agentes público que teriam recolhido cobertores, papelões e objetos pessoais de moradores de rua.
De acordo com a reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, a GCM admitiu a retirada dos itens para evitar que a população de rua “privatize” os espaços públicos. “A imprensa denunciou os maus tratos com as pessoas em situação de rua e que a Guarda Civil Metropolitana vem retirando cobertores e colchões, isso é desumano”, explicou o vereador Nomura.
O comandante da GCM, Gilson de Menezes, disse que a corporação tem como um de seus principais deveres zelar pelos direitos das pessoas em situação de rua da cidade de São Paulo, que os guardas recebem formação em direitos humano durante suas carreiras e prestam apoio de segurança aos servidores das subprefeituras no trabalho de reorganização urbana, que tem como objetivo retirar materiais sem utilidade de calçadas e ruas que impedem o fluxo de pedestres e veículos.
“A pessoa em situação de rua sempre fica com seu cobertor e lençol e o guarda, não pode permitir que esses itens sejam levados. Se a pessoa em situação de rua quiser dobrar e levar não tem problema, e se ela não levar, esse tipo de objeto continua no mesmo lugar”, argumentou Menezes.
O vereador Nomura espera que a prefeitura atenda a solicitação do colegiado. “A partir do momento que recebermos os dados tomaremos as medidas pertinentes, seja a relação de uma audiência pública ou acionar o Ministério Público”, disse.