Nesta quinta-feira (19/12), o Comitê Extraordinário de Chuvas e Enchentes apresentou o relatório final com as conclusões do trabalho realizado em 2019. Instalado em março, o comitê analisou as iniciativas de combate a enchentes e ouviu especialistas, moradores e representantes de órgãos públicos para propor soluções.
Segundo a relatora do comitê, vereadora Soninha Francine (CIDADANIA23), o documento elaborado resume as diligências, visitas a bairros que sofrem com alagamentos, vistorias em obras de drenagem pela cidade e reuniões externas com o poder público.
No relatório, é possível acessar a cobertura jornalística desses eventos, feita pela TV Câmara São Paulo e Portal da Câmara, assim como visualizar os registros fotográficos.
A relatoria identificou uma série de problemas que prejudicam a prevenção de enchentes na cidade, como:
. Falta de manutenção adequada de bocas-de-lobo, galerias, piscinões e córregos;
. Carência de áreas verdes;
. Ocupações indevidas em áreas próximas a rios e córregos;
. Além de problemas na limpeza urbana, como coleta e destinação de lixo.
Balanço e propostas
Para diminuir a ocorrência de enchentes e alagamentos, foram propostas linhas de atuação como ações de educação e comunicação. O relatório sugere a produção e divulgação de material informativo pelos meios de comunicação disponíveis na Câmara Municipal e Prefeitura de São Paulo.
Para tanto, fez um balanço do material publicado nas redes sociais do Legislativo paulistano, durante o período de atividades do Comitê de Chuvas.
Mais de dois milhões de pessoas foram alcançadas pelas postagens realizadas na página oficial da Câmara no Facebook, Instagram e Twitter. Além disso, mais de 320 mil paulistanos se engajaram com o conteúdo divulgado.
O relatório também indica ações de fiscalização do serviço de limpeza, medidas para combater o desmatamento ilegal e ocupações irregulares; ampliação de obras de zeladoria, drenagem, e vistoria; planejamento e financiamento para que o município inicie projetos antes do período de chuvas; e articulação entre Executivo, Legislativo e Judiciário, para alinhar as ações necessárias sobre o tema.
“Sabemos, desde o início, que essa questão envolve vários entes da administração pública. Procuramos dar um roteiro nas áreas necessárias”, disse Soninha.
Ainda de acordo com a vereadora, é necessário criar um comitê permanente para tratar do assunto. “Um grupo que funcione durante todo o ano para fazer a articulação entre diversos órgãos do setor público, privado e entre os munícipes, que também têm o seu papel. Assim, poderá ser criada uma politica pública efetiva”, concluiu Soninha.
Na avaliação do presidente do comitê, vereador Gilberto Natalini (PV), o trabalho contribuiu para chamar a atenção para a necessidade de elaborar projetos de combate a enchentes com antecedência. E alertar para outros problemas que agravam as condições climáticas no município.
Segundo Natalini, o relatório será enviado a autoridades municipais, estaduais e federais. “A permanência do comitê é importante politicamente para manter as autoridades sempre em alerta e ampliar as políticas públicas que diminuem as cheias e enchentes na cidade”, argumentou Natalini.
“Temos que continuar instigando essa discussão para que o povo sofra menos, já que a cidade não tem estrutura para aguentar o volume de água que cai”, disse o vereador.
Também integram o comitê os vereadores Adilson Amadeu (DEM), Alfredinho (PT), Atilio Francisco (REPUBLICANOS), Camilo Cristófaro (PSB), Claudinho de Souza (PSDB), Milton Ferreira (PODE), Edir Sales (PSD), Gilberto Nascimento Jr. (PSC) e Dalton Silvano (DEM).
Confira o relatório completo neste link.