O Comitê Emergencial de Crise da Educação de 2020, criado pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes para discutir o atual cenário do ensino público na capital paulista, promoveu mais um encontro virtual na tarde desta terça-feira (29/9).
Um dos temas tratados pelo Comitê foi sobre a reunião realizada pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes na última quarta-feira (23/9), que recebeu o secretário municipal da pasta, Bruno Caetano, para esclarecer as ações da Prefeitura de São Paulo relacionadas ao ensino público.
Posicionamento de vereadores
Os trabalhos do Comitê foram mediados pelo presidente da Comissão de Educação, que, demonstrou preocupação em uma eventual ação do Executivo municipal sugerida por Bruno Caetano. O parlamentar citou como exemplo a ideia da secretaria de terceirização de todos os serviços, o que incluiria, segundo ele, os funcionários dos ATEs (Auxiliares Técnicos de Educação).
Durante a reunião foi informado sobre o encaminhamento de um ofício ao secretário Bruno Caetano, solicitando informações sobre o estudo que levou a tomada de decisão pela terceirização dos serviços dos CEUs.
Representantes de entidades
Representando o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais da Educação do Município de São Paulo), Cleonice Helena Oliveira da Silva reiterou a posição do sindicato. “O posicionamento do Sinpeem é não a retomada em 2020 de forma nenhuma, não a retomada presencial. E que seja submetido o teste sorológico a todos os estudantes e a todos os profissionais das escolas da Prefeitura de São Paulo”.
Em nome do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), Christian Sznick fez uma série de observações sobre o protocolo de volta às aulas presenciais. “Se fala de retorno, mas não se têm os funcionários da cozinha, não se têm os funcionários da limpeza. Não se fala quando vai ser, quantos vão ser. Ou seja, não há nenhuma segurança do trabalho a ser feito na unidade educacional”.
A vice-presidente do Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância), Joélia Rodrigues, também não concorda com o retorno das atividades escolares de forma presencial. “Nós temos que defender agora o direito à vida, e uma vida importa. Eu falo pela educação infantil, que a vida das crianças, dos bebês, dos alunos, dos professores, dos pais e da população tem que ser cuidada neste momento”.
Assista aqui à reunião do Comitê Emergencial de Crise da Educação de 2020 na íntegra.