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Comitê de crise na Educação discute retorno das aulas municipais 

Por: MARIANE‌ ‌MANSUIDO‌ ‌
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11 de agosto de 2020 - 18:03

Em‌ ‌reunião‌ ‌nesta‌ terça-feira‌ ‌(11/8),‌ o Comitê Emergencial de crise na Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes debateu, com representantes de sindicatos e associações de profissionais da educação, sobre as medidas que a Prefeitura de São Paulo tem adotado para garantir o retorno seguro das aulas.

Um dos pontos criticados pelos participantes da reunião foi a aprovação do PL (Projeto de Lei) 452/2020, do Executivo, votado em segunda e definitiva discussão no Plenário da Câmara na última quarta-feira (5/8), e que propõe medidas para a organização das unidades escolares, considerando a nova realidade social com a pandemia.

Para a vice-presidente da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), Margarida Genofre, a aprovação do projeto trouxe uma grande responsabilidade para as famílias, com a determinação de que os pais sejam os responsáveis pela decisão de permitir que seus filhos voltem ou não à escola. “Com isso, a Prefeitura se livra, porque sabe que não tem condições de garantir a saúde dessas crianças”, declarou Genofre.

Christian Sznick, integrante da diretoria do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), cobrou o chamamento de aprovados em concursos públicos para compor o quadro de profissionais da educação. “Como que se fala de retorno às aulas e reorganização das escolas sem essa reposição para estruturar a rede?”, questionou Sznick.

Também presente à reunião, Michele Oliveira, do SInpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), defendeu que a Prefeitura foque os esforços na reestruturação das escolas e nas medidas de segurança. “Se não começarem desde já com as reformas e contratações, encontraremos as escolas com todos os problemas tais quais deixamos antes da pandemia”, argumentou Michele.

Uma das propostas da reunião, apresentada pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL), solicita à Secretaria Municipal de Educação que amplie o prazo para cadastro das famílias que têm direito ao cartão merenda. O prazo para a solicitação do benefício encerrou no último domingo (9/8). De acordo com Vespoli, muitas famílias não conseguiram realizar o cadastro devido a dificuldades para acesso à internet.

O vereador Jair Tatto (PT) também solicitou que a Prefeitura informe o número de pessoas que já conseguiram se cadastrar para receber o cartão merenda. De acordo com o presidente da Comissão de Educação, vereador Eliseu Gabriel (PSB), os requerimentos deverão ser aprovados pelo colegiado na próxima reunião.

Também esteve presente o vereador Eduardo Suplicy (PT).

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