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Complexidade dos serviços de assistência social é debatida em Comissão

18 de agosto de 2010 - 03:42

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Juvenal Pereira
Comissão Idoso
Relacionamento de SMADS com organizações da rede de proteção social voltam à pauta da Comissão, presidida por Prado (foto)

 

Nesta quarta-feira (18/08), a Comissão Extraordinária do Idoso e de Assistência Social, da Câmara Municipal, recebeu representantes de entidades conveniadas da área social.
 
Entre eles, Suely Ferreira, gerente do Programa Ação Família (PAF), do Jaguaré, que explicou o projeto. “Esse programa foi lançado em 2005 e visa o fortalecimento do vínculo familiar e o resgate da cidadania dessas famílias. São Paulo já recebeu visitas de secretários de outros Estados e municípios para conhecer o programa e levar a ideia”, declarou. O PAF oferece oficinas culturais e de geração de renda, além de realizar visitas domiciliares. Porém, para ela o número de CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) é insuficiente para que SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) assuma sozinha a dianteira do PAF, sem parceria. Suely defendeu que o programa se transforme de vez em serviço.
 
Outra convidada para o debate foi Gisleine Alcântara, do Centro Comunitário Castelinho, que atende adolescente em conflito com a lei e em ciclo de violência. Mas fez restrições à SMADS. “Essa Secretaria vem com um outro modelo de atendimento. A Capital não vê criança e adolescente como prioridade absoluta. A Secretaria diminuiu a verba de alimentação. Política pública tem que ser contínua”, enfatizou.
 
O vereador Milton Ferreira (PPS) indagou a Gisleine se o Ação Família não contempla a demanda da região. Gisleine respondeu que não, porque seriam quase 600 mil habitantes para serem atendidos por apenas dois PAFs. “A gente tem um número muito alto de famílias em vulnerabilidade que não abarca um programa de duas mil pessoas”, explicou.
 
O assunto da falta de repasses de verbas a organizações voltou a ser comentado pelos debatedores como Maria Gusmão, do Sindicato das Entidades, que reclamou dessa falta em 2007, 2008 e 2009, o que obrigou algumas associações a promoverem festas e angariar doações para custear suas despesas. Algumas delas sofreram reclamações trabalhistas por causa da falta dos repasses. Maria Gusmão alertou que a data-base da categoria, em julho, igualmente não foi paga. “De novo, vamos estar com a bandeja na mão”, criticou.

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