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Robson

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Concessão do Estádio do Pacaembu poderá provocar mudança do Museu do Futebol?

28 de maio de 2009 - 01:35

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Juvenal Pereira
Pacaembu
Vereador Dalton Silvano ouve o depoimento de Evandro Pereira

 

A direção do Museu do Futebol, localizado numa área de 7 mil m² do Estádio do Pacaembu e que possui um dos maiores acervos a respeito desse esporte do País, está preocupada com a possibilidade de ter que sair do local, caso ocorra a concessão do estádio.

 A preocupação foi demonstrada pelo diretor de Operações e Infraestrutura do museu, Evandro Pereira, ao participar da reunião da Comissão de Estudos para Debates e Discussões sobre a Destinação do Estádio do Pacaembu. “Nós queremos estimular o debate a respeito da concessão de uma maneira saudável para que o museu não corra o risco de ter de sair de lá”, disse. “A nossa defesa principal é que seja encontrada a solução melhor para o estádio e que o museu não seja mexido.”
 
De acordo com Pereira, a convivência do museu com as várias atividades do estádio é ótima. “Em dias de jogos, por exemplo, o museu abre suas portas três horas antes do horário normal e todos os visitantes saem duas horas antes do jogo”.
 
O representante do museu informou que uma média de 800 a mil pessoas visitam, por dia, o acervo futebolístico, sendo que 30% são alunos da rede pública, com entrada gratuita. Nos três primeiros meses deste ano, a bilheteria do museu arrecadou R$ 340 mil, além dos R$ 240 mil da locação do espaço para o bar e loja. Além disso, o museu conta com uma verba de R$ 4,5 milhões destinados pela Secretaria Estadual de Esportes.
 
Pereira sugeriu aos vereadores que o estádio pode ser mais bem aproveitado com a construção de um prédio de cinco andares sob o Tobogã, onde poderia ser instalada uma faculdade de esportes.
 
IMPASSE
 
De acordo com o vereador Dalton Silvano (PSDB, presidente da comissão, o impasse maior é que o Estádio do Pacaembu precisa se revitalizado. “O custo estimado dessa revitalização é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões, recursos que seriam aplicados na construção de estacionamentos subterrâneos, cobrir totalmente o estádio, melhorar a acomodação dos torcedores, ampliar o número de acentos, criar restaurantes, ampliar o espaço para imprensa, melhorar os vestiários”, destacou o parlamentar.
 
Silvano reconheceu, no entanto, que “diante de tantas outras prioridades da cidade, como construção de creches, de escolas, de postos de saúde, o Poder Público não pode, não deve investir R$ 150 milhões ou R$ 200 milhões num estádio para atender o futebol profissional, embora possa ter outra utilização”.
 
Com relação à iniciativa privada que participaria dessa concessão, Silvano indagou se “estaria disposta a investir R$ 150 milhões ou R$ 200 milhões na revitalização?  Ela teria o retorno desse investimento? E de que forma iria fazer a exploração apenas da arena esportiva? Então, acho que há um impasse, pois o estádio do jeito que está me parece inadequado?”
 
A Comissão aprovou o envio de requerimento à Prefeitura de Munique, solicitando informações a respeito do custo da reforma e manutenção do estádio municipal daquela cidade alemã. Também foi pedido informações da programação, atividades e fotos do estádio.
 
REFORMA
 
Depois de esclarecer que é nova na equipe e, justamente por isso, não tem todo conhecimento da precariedade da estrutura de como está hoje o Pacaembu, a arquiteta Maria Teresa Grillo, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, disse que “sendo uma estrutura com quase 70 anos necessita de uma reforma estrutural e sua modernização”. Maria Teresa informou, no entanto, que ainda não foram feitos estudos que indiquem qualquer ação.
 
A arquiteta lembrou que “o estádio está dentro de uma área exclusivamente residencial, que tem uma limitação. Hoje, não é permitido a construção de shoppings, cinemas, empreendimentos que gerem tráfego constante. Veículos saindo e entrando o tempo todo. Os eventos que acontecem no Pacaembu são esporádicos, acontecem no máximo duas vezes por semana. O tráfego maior é de passagem na ligação da Marginal do Tietê com a região da Paulista, doutor Arnaldo e Hospital das Clínicas. Com isso, já existe uma situação crítica.”   
 
 

Imagens para download:
Juvenal Pereira
Pacaembu
Para Dalton Silvano discussão chegou a um impasse

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