Representantes da Ótima, consórcio que administra os abrigos dos pontos de ônibus de São Paulo e os totens espalhados pela cidade, atenderam ao requerimento do vereador Camilo Cristófaro (PSB), e prestaram esclarecimentos sobre o contrato de concessão de 25 anos assinado em 2012. O debate ocorreu durante a reunião da Comissão de Política Urbana, nesta quarta-feira (24/5)..
A empresa Ótima é um consórcio que reúne 3 grupos: Ruas Invest, Bandeirantes e a Kalítera. O responsável pelas Relações Institucionais da Empresa Ótima, José Carlos Angelucci Júnior, informou que esse contrato é de serviço de utilidade pública e compreende a criação, confecção, instalação e manutenção de até 7,5 mil abrigos de ônibus, dos quais 6,5 mil envolvem a substituição dos abrigos existentes, além da criação, confecção, instalação e manutenção de até 14,7 mil totens, dos quais 12,5 mil são substituições de equipamentos existentes.
“O consórcio tem a obrigação de investimento de instalação e substituição dos equipamentos por meio de um contrato de concessão no qual outorga impostos e taxas pagas para o município e ao longo dos 25 anos a manutenção dos equipamentos. A concessionária se remunera, única e exclusivamente, através do espaço publicitário e dos anunciantes.”
Angelucci disse que até aqui foi cumprida a instalação de 6,5 mil abrigos nos pontos de ônibus e 5.236 tótens e até 2018 serão instalados no total 12,5 mil totens. Ele disse que foram investidos até aqui cerca de R$ 600 milhões.
“Essa concessão tem por conceito grandes investimentos no início do contrato, com retorno de longo prazo. Até aqui o faturamento médio anual da empresa concessionária é de R$ 108 milhões, menos da metade do faturamento anual previsto, de cerca de R$ 240 milhões”.
O vice-presidente da Comissão de Política Urbana, o vereador Camilo Cristófaro (PSB) não se convenceu com as explicações da Ótima, e acredita que a empresa faz muita propaganda e fornece pouca qualidade para o usuário.
“O usuário tem hoje um abrigo de ônibus de péssima qualidade. Bonitinho e que não serve para nada, a não ser fazer propaganda. Ou eles repensam esses pontos de ônibus para a população sofrida ou essa Comissão vai encaminhar o caso para o Ministério Público e vai encaminhar para a Prefeitura o nosso descontentamento”.
A Comissão de Política Urbana vai continuar tratando do assunto e deve ouvir nas próximas reuniões representantes da SPObras.