Kátia Kazedani
O prefeito Fernando Haddad (PT) suspendeu, em junho, a licitação para a contratação de empresas e cooperativas de ônibus, estimada em cerca de R$ 46,3 bilhões, após uma série de protestos contra o reajuste da tarifa em R$ 0,20. A decisão foi questionada nesta sexta-feira pelo vereador Eduardo Tuma (PSDB) durante a terceira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo.
Segundo o parlamentar, esse processo de licitação já estava em tramitação quando a prefeitura tomou essa decisão. O edital estava em fase de andamento, então, por que apenas no momento em que houve as manifestações é que ela foi suspensa? Por que não antes?, questionou Tuma.
Sobre o assunto, o diretor de gestão econômico-financeira da SPTrans, Adauto Farias, respondeu que os protestos foram um alerta à Prefeitura. As manifestações deram um sinal para nós e achamos necessário fazer algumas mudanças no contrato, sinalizou.
Entre as mudanças, adiantou Farias, os contratos levarão em conta a qualidade dos serviços prestados e também um mecanismo de contrato para que a Prefeitura não pague além do que foi utilizado. Hoje nós pagamos pelo passageiro integrado.