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Copa do Mundo não exclui os pobres, diz Jérôme Valcke

10 de junho de 2013 - 23:50

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RenattodSousa/CMSP
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Respondendo críticas sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que o evento é democrático e beneficiará a população brasileira como um todo.

Ocorrerão muitas melhorias, pelo menos nas 12 cidades que sediarão jogos, declarou Valcke durante audiência pública realizada nesta segunda (10/6) pela Câmara Municipal para debater a realização do Mundial na cidade. A Copa do mundo é para todos, e não para uma parte específica da população.

Entre os benefícios diretos que o evento trará para os cidadãos mais pobres, o dirigente citou a venda de ingressos a preços populares. Teremos ingressos baratos como nunca antes em uma Copa do Mundo. Pessoas de todos os estratos sociais terão acesso aos jogos, afirmou.

A Lei Geral da Copa, sancionada há cerca de um ano pela presidente Dilma Rousseff, determina que ao pelo menos 300 mil ingressos para o evento serão vendidos por metade do preço para estudantes, idosos e participantes de programas federais de transferência de renda. Entretanto, o preço das entradas ainda não foi definido pela Fifa.

A audiência foi convocada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara. O presidente do colegiado, Reis (PT), destacou que o evento ajudou a população a entender melhor as transformações que a cidade passará por conta do Mundial.

Para o petista, ficou claro que eventuais problemas estão sendo tratados pelas autoridades. As perguntam questionam o que está incerto, o que está atrasado. Mas pelo que foi falado hoje, esse cronograma será cumprido, disse Reis após o evento.

Despejos
Durante o evento, membros de movimentos sociais reclamaram de supostos despejos relacionados à construção da Arena Corinthians, em Itaquera. Segundo Juliana Machado, membro do Comitê Popular da Copa, cerca de 2.000 pessoas podem ser removidas de suas casas por conta de intervenções relacionadas à Copa do Mundo, como obras viárias, por exemplo.

A militante citou o exemplo da Favela da Paz, localizada nas redondezas do estádio, na qual a Prefeitura planeja reassentar 300 famílias. Para ela, a medida tem o propósito de maquiar a região, escondendo dos turistas os problemas sociais do país.

Além disso, Juliana acusou o poder público de omitir informações para os habitantes do local. Até hoje a Prefeitura, o Governo do Estado e o Governo Federal não apresentaram nenhum projeto habitacional para os moradores.

Procurada para comentar as remoções, a Secretaria Municipal de Habitação manifestou-se na tarde desta terça. Segundo o órgão, serão atingidas por obras relacionadas à Copa apenas oito famílias no entorno da Arena Corinthians, que serão atendidas com unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Ainda de acordo com a pasta, a Prefeitura apresentará o plano de atuação para a Favela da Paz “a partir de junho” e a intervenção no assentamento não tem relação com a competição.

O vereador Toninho Vespoli (PSOL) também criticou a organização do Mundial. De acordo com o parlamentar, a construção do estádio também está expulsando a população pobre indiretamente, por causa do impacto que causou no custo de vida da região.


RenattodSousa/CMSP
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(10/06/2013 20h30)

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