Nesta quinta-feira (10/8), a Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo se reuniu para discutir e votar quatro itens da pauta. O primeiro colocado em análise foi o parecer de admissibilidade do processo sobre a representação do vereador Fernando Holiday (PL) com relação à prática de nepotismo por parte do gabinete do vereador Celso Giannazi (PSOL), na contratação da filha da vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL).
O integrante da Corregedoria, vereador Aurélio Nomura (PSDB), apresentou relatório com conclusão pelo arquivamento do pedido, por ausência de justa causa. “A alegação que foi colocada é que existia o nepotismo cruzado. Mas não houve. Houve simplesmente a contratação da filha da vereadora Silvia, que ficou sábado e domingo contratada, e segunda-feira, ela já foi exonerada. Então não houve nenhum problema aos cofres. Não há necessidade de ter qualquer tipo de prosseguimento”. O parecer foi aprovado por seis votos favoráveis e nenhum contrário, e o processo foi declarado arquivado pelo corregedor-geral, vereador Rubinho Nunes (UNIÃO).
Na sequência, foi apreciado parecer de admissibilidade de processo promovido pela vereadora Jussara Basso (PSOL) em face do vereador Xexéu Tripoli (PSDB). O processo trata da utilização do elevador privativo da Câmara Municipal de São Paulo, pelos assessores da vereadora do PSOL. Na ocasião, a forma como foi realizado o questionamento pelo vereador do PSDB motivou a iniciativa da parlamentar.
O vereador Aurélio Nomura (PSDB) emitiu relatório pelo arquivamento. “O relatório foi baseado dentro do Ato da Mesa Diretora que determina quais as pessoas que podem utilizar o elevador privativo. Nós verificamos que as pessoas que ali estavam, estavam utilizando de forma irregular. Então, entendemos que não era motivo de justa causa e propusemos o arquivamento contra o vereador Xexéu Tripoli”. Por cinco votos favoráveis e nenhum contrário, o relatório foi aprovado, e portanto rejeitado o pedido da vereadora do PSOL. O processo foi arquivado.
Ainda na reunião, os integrantes da Corregedoria votaram o pedido do vereador Camilo Cristófaro (AVANTE) para suspeição do vereador Aurélio Nomura, por motivo de imparcialidade. O vereador Camilo Cristófaro responde a um processo no órgão onde é julgado por uso de termos racistas numa conversa vazada durante uma reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Aplicativos, no dia 3 de maio de 2022, quando participava no modo on-line.
O corregedor-geral colocou o pedido em votação, que foi rejeitado por unanimidade. Recusado também o pedido do vereador Aurélio Nomura (PSDB) pela suspeição do vereador Marlon Luz (MDB), também referente ao processo que é respondido pelo vereador Camilo Cristófaro, por uma questão de seguridade processual. A suspeição foi rejeitada por cinco votos favoráveis e nenhum contrário, e portanto o corregedor relator, vereador Marlon Luz, permanece apto para concluir o relatório.
Ao final do encontro, o vereador Rubinho Nunes se manifestou sobre os trabalhos realizados. “Foi uma reunião bastante produtiva da Corregedoria com as votações realizadas. Portanto, a gente pode seguir com tranquilidade no julgamento de todos esses processos”.
Participaram da reunião desta quinta, que pode ser conferida na íntegra no vídeo abaixo, os vereadores Rubinho Nunes (UNIÃO), Alessandro Guedes (PT), Aurélio Nomura (PSDB), Danilo do Posto de Saúde (PODE), Marlon Luz (MDB), Professor Toninho Vespoli (PSOL) e Sansão Pereira (REPUBLICANOS).