A partir da próxima segunda-feira (4/10), a cidade de São Paulo inicia a aplicação da dose adicional do imunizante contra Covid-19 para idosos acima de 60 anos e profissionais de Saúde, maiores de 18 anos, que receberam a segunda dose, ou dose única, há mais de seis meses.
A dose adicional estará disponível em todas as 469 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), nas 82 AMAs/UBSs Integradas, além dos 21 mega postos, 19 drive-thrus, três centros de saúde e postos volantes.
Os idosos com mais de 60 anos devem apresentar documento de identificação, comprovante de vacinação físico ou digital, além de comprovante de endereço do município para os casos em que as doses anteriores não foram realizadas no município.
No caso dos profissionais de Saúde é necessário apresentar comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do município de São Paulo ou documento do conselho de classe. Também é possível apresentar comprovantes de profissão, certificado ou diploma.
A vacinação com doses adicionais também segue liberada para pessoas com mais de 18 anos que tenham alto grau de imunossupressão. Para esse grupo, com mais de 18 mil cidadãos, é preciso ter tomado a segunda dose ou dose única há pelo menos 28 dias.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quinta (30/9), a capital paulista totalizava 38.198 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.509.956 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta sexta (1/10), é de 39,7%.
Já nesta quinta (30/9), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um comunicado nesta quinta-feira (30/9) para esclarecer que as vacinas em uso no Brasil não são experimentais e todas tiveram seus dados de eficácia e segurança avaliados e aprovados pela agência reguladora, com o uso dentro das indicações aprovadas. Segundo a Anvisa, nenhuma vacina em uso no país foi dispensada de apresentação de dados de fase três da pesquisa clínica.
A Anvisa ressalta ainda que pessoas já vacinadas contra a Covid-19, mas que apresentem sintomas da doença devem passar por um exame de diagnóstico a pedido de um médico, que deve estar sempre atento ao quadro clínico apresentado pelo paciente.
“Mesmo que sejam leves, sintomas como febre, cansaço, tosse, perda de paladar ou olfato, dor de cabeça e outros podem indicar que o indivíduo contraiu o novo coronavírus, mesmo após a vacinação”, afirma a Agência reguladora no comunicado.
Segundo a Anvisa, as vacinas autorizadas para uso no Brasil não interferem em resultados de exames de diagnóstico da doença. Isso porque a tecnologia utilizada nos testes é o de ensaio molecular (RT-PCR) ou teste rápido de antígenos virais, que têm como foco identificar a circulação do vírus no organismo, no momento em que o exame é realizado
Ações e Atitudes
O Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), referente às semanas epidemiológicas de 12 a 25 de setembro, mostra que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de óbitos de 42,6% e de internações de 27,7%.
Segundo a Fiocruz, o quadro atual mostra que, uma vez que a população vem sendo beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos.
Para os pesquisadores, apesar da queda dos indicadores, o momento ainda exige cuidado. A análise do número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) observa que, mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes. Isso, na avaliação dos pesquisadores, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam a hospitalização ou a óbito. A incidência da síndrome é um parâmetro de monitoramento da pandemia de covid-19, uma vez que o SARS-CoV-2 é responsável por 96,6% dos casos virais de SRAG registrados desde 2020.
Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos covid-19 adulto mostra que 25 unidades da Federação estão fora da zona de alerta com taxas inferiores a 60%.
O Boletim também aponta o passaporte de vacinas como importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil. Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o território nacional, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.
Para os pesquisadores, é importante que sejam elaboradas diretrizes em nível nacional sobre o passaporte de vacinas para evitar a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo obtidos com a ampliação da vacinação. “Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmam.
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