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Covid-19: Capital aplica mais de 500 mil doses na Virada da Vacina e chega a 98,5% dos adultos imunizados com 1ª dose

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

16 de agosto de 2021 - 17:24

Realizada no último final de semana, a Virada da Vacina Sampa aplicou mais de 500 mil doses de vacinas contra a Covid-19 na capital paulista, após 34 horas ininterruptas de imunização voltada a jovens de 18 a 21 anos e também aos demais grupos elegíveis, tanto para primeira quanto para segunda dose.

Realizada pela Secretaria Municipal da Saúde, a ação teve o objetivo incentivar os jovens a se vacinarem, encerrando o calendário de primeira dose para os adultos na cidade de São Paulo.

Um dos resultados da iniciativa se refletiu nos números totais do município: a capital paulista ultrapassou a marca de 12 milhões de doses aplicadas da vacina contra a Covid-19 desde o início da campanha de imunização, em fevereiro.

Com esses números, a cidade de São Paulo ainda alcançou o índice de 98,5% da população vacinada com a primeira dose do imunizante ou dose única e 40,7% com a segunda dose ou dose única.

Atuação do município

Até terça-feira (17/8), a cidade de São Paulo realiza a repescagem da vacinação contra a Covid-19 de pessoas com 18 anos ou mais residentes na capital. Além disso, o público elegível a receber a segunda dose do imunizante também poderá procurar os postos disponíveis no município. Toda a rede de vacinação estará funcionando nestes dois dias para atender à demanda.

No ato da vacinação é obrigatório apresentar documentos pessoais de identificação e um comprovante de residência no município de São Paulo. Para quem for receber a primeira dose da vacina, é recomendado o pré-cadastro no site Vacina Já. E visando facilitar o deslocamento aos postos de vacinação, está disponível a ferramenta De Olho na Fila, que informa sobre as vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos postos de vacinação para a segunda dose, além da movimentação em tempo real nestas unidades.

O calendário atualizado de imunização na capital paulista, os públicos elegíveis no momento, a lista completa de postos de vacinação abertos na capital e mais informações podem ser conferidas na página Vacina Sampa.

Mais sobre o novo coronavírus 1

Ainda sobre a vacinação, o Governo do Estado informou que São Paulo atingiu, neste final de semana, índices superiores aos do Reino Unido em relação à população vacinada contra a Covid-19.

Segundo dados oficiais, o Estado chegou à taxa de 69,65% de pessoas imunizadas com ao menos uma dose da vacina contra Covid-19, enquanto o Reino Unido, reconhecido como o primeiro país a iniciar a campanha de vacinação contra a doença no mundo, realizou a aplicação da primeira dose em 69,61% da população geral.

Com esse índice, São Paulo também superou outros países, como França (67,78%), Itália (67,23%) e Alemanha (62,64%) na proporção de população geral vacinada. O Estado ainda conta com 27,87% de sua população com esquema vacinal completo, totalizando 11,7 milhões de vacinados com duas doses dos imunizantes do Butantan, Fiocruz ou Pfizer e 1,12 milhão que receberam a dose única da Janssen.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Na noite do último domingo (15/8), chegou a São Paulo um novo carregamento com dois milhões de doses prontas da Coronavac, vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, na capital paulista. O lote foi enviado pela biofarmacêutica chinesa Sinovac, parceira do Butantan no desenvolvimento do imunizante.

As vacinas recebidas serão alocadas no armazém do Ministério da Saúde e, antes da liberação ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), serão submetidas ao controle de qualidade do Butantan.

Mais sobre o novo coronavírus 3

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta segunda-feira (16/8) a capital paulista totalizava 36.169 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.386.180 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta segunda (16/8), é de 41,4%.

Já no último domingo (15/8), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 44%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Ações e Atitudes 1

Divulgado na última quinta-feira (12/8), o Boletim InfoGripe da Fiocruz indica um deslocamento da curva da pandemia e a interrupção na tendência de queda, com possível retomada do crescimento do número de casos e de óbitos por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

O Rio de Janeiro, Estado com o maior número de casos da variante Delta no Brasil, é um dos únicos três Estados que apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) de SRAG. É a primeira vez que isso acontece desde a Semana Epidemiológica 12, compreendida entre 21 e 27 de março. O cenário representa um revés nos índices de melhora da pandemia e a análise é referente à Semana Epidemiológica 30, de 25 a 31 de julho.

Acre e Mato Grosso do Sul, os outros dois Estados, registraram sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo, com tendência de curto prazo apresentando estabilidade para o Acre e sinal forte de crescimento no Mato Grosso do Sul. O Rio de Janeiro apresenta sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na tendência de curto prazo.

Quatro das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 31: Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), e Rio de Janeiro (RJ).

Nove unidades federativas apresentam ao menos uma macrorregião de saúde com transmissão comunitária em nível extremamente alto. As demais registram nível alto ou mais elevado. Quanto às capitais, treze integram macrorregiões de saúde em nível alto, oito em nível muito alto e sete em nível extremamente alto de transmissão comunitária.

Especificamente sobre o Estado de São Paulo, foi observado sinal de estabilidade na tendência de longo prazo e sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. Já a capital paulista apresenta sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas) – na tendência de longo prazo, foram identificados sinais de estabilidade.

Ações e Atitudes 2

Um estudo inédito realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que quase metade das crianças e adolescentes brasileiros mortos por Covid-19 em 2020 tinham até dois anos de idade; um terço dos óbitos até 18 anos ocorreram entre os menores de um ano e 9% entre bebês com menos de 28 dias de vida.

As informações contidas na pesquisa analisam dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade Infantil), do Ministério da Saúde, considerado o padrão ouro para esse tipo de investigação. O estudo é financiado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz).

Os autores do estudo explicam que os dados obtidos no SIM foram estratificados para mensurar o impacto da Covid-19 entre menores de 18 anos. No ano passado, foram registrados 1.207 óbitos nessa faixa etária, sendo 110 entre recém-nascidos com menos de 28 dias de vida. A expectativa agora é que essas conclusões orientem políticas públicas para o enfrentamento da pandemia.

Os pesquisadores ainda destacam que a forma assintomática da Covid-19 é mais comum entre crianças e adolescentes, que têm melhor prognóstico quando contaminados, mas não estão imunes, uma vez que transmitem, podem adoecer gravemente e até morrer em decorrência da doença.

Eles ainda apontam que em alguns países, como nos Estados Unidos, o avanço da variante Delta aumentou o número de casos novos de Covid-19 e esse aumento expõe cada vez mais crianças ao vírus. Os autores do estudo alertam que em muitos lugares os leitos infantis estão sobrecarregados e isso pode acontecer no Brasil também.

Assim, eles ressaltam que o aumento da cobertura vacinal de adultos tem que avançar mais rapidamente e gestantes e lactantes devem ser prioridade. Contudo, reforçam, para conter a circulação do vírus e proteger as crianças, o uso de máscaras e o distanciamento social devem continuar mesmo após a vacinação.

Outra recomendação importante é que mães com Covid-19 continuem amamentando seus bebês, se ambos tiverem condições físicas para isso. Os benefícios do aleitamento materno superam em muito o risco de contaminação. Em paralelo, cuidados sanitários como higiene das mãos e uso de máscaras tipo PFF2 e N-95 devem ser reforçados nesses casos.

Importante relembrar que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o uso universal de máscaras a partir dos 12 anos de idade. Entre crianças menores o uso deve ser supervisionado e avaliado caso a caso. Segundo a organização, crianças com menos de cinco anos não devem ser obrigadas a usar máscaras.

Ações e Atitudes 3

Um estudo feito por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e colaboradores com 1.095 voluntários concluiu que manter um estilo de vida fisicamente ativo pode ser uma estratégia para turbinar a resposta imune induzida por vacinas contra a Covid-19. Os dados foram divulgados na última segunda-feira (9/8) na plataforma Research Square, ainda sem revisão por pares.

O benefício proporcionado pela atividade física foi observado principalmente entre os participantes que se mantinham ativos ao menos 150 minutos por semana e não apresentavam comportamento sedentário, ou seja, não passavam mais de oito horas diárias sentados ou deitados.

No estudo, considerou-se como “tempo ativo” tanto aquele dedicado aos exercícios e outras atividades de lazer (caminhada, corrida, dança, natação, passear com o cachorro etc.), como também às atividades domésticas (limpar a casa, cuidar do jardim, lavar a roupa na mão), ao trabalho (carregar pesos, realizar consertos) e aos deslocamentos de rotina (andar a pé ou de bicicleta até o trabalho, o supermercado ou a escola, por exemplo).

O nível de atividade física foi mensurado por meio de entrevistas telefônicas. Foram considerados “ativos” os voluntários que relataram ao menos 150 minutos de atividades semanais, somando os vários domínios analisados.

Os pesquisadores ainda esclareceram que uma pessoa que corre durante uma hora todos os dias e passa o resto do tempo sentada em frente a uma tela é considerada ativa e sedentária ao mesmo tempo e a análise combinou esses dois conceitos diferentes. Assim, quando os dados são observados, é claramente perceptível que eles formam uma ‘escadinha’: no alto, com a melhor resposta vacinal, estão os ativos não sedentários. Na sequência, vêm os indivíduos ativos e sedentários. Por último, os inativos e também sedentários.

Todos os participantes da pesquisa foram imunizados com a Coronavac entre fevereiro e março de 2021. Amostras de sangue para análise foram coletadas logo após a aplicação da segunda dose do imunizante, bem como 28 e 69 dias depois. A qualidade da resposta vacinal foi avaliada por meio de diversos testes laboratoriais, sendo os principais aqueles que mensuram a produção total de anticorpos contra o novo coronavírus (IgG total) e a quantidade específica de anticorpos neutralizantes (NAb) – aqueles capazes de impedir a entrada do vírus na célula humana.

De acordo com o critério adotado pelos pesquisadores, atingiram a chamada “soroconversão” os voluntários que no exame de IgG total apresentaram pelo menos 15 unidades arbitrárias de anticorpos por mililitro de sangue. No caso dos anticorpos neutralizantes, considerou-se uma resposta positiva quando, no ensaio in vitro feito com o plasma sanguíneo, observou-se ao menos 30% de inibição da ligação entre o novo coronavírus e o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2, na sigla em inglês) – proteína existente na superfície de algumas células humanas à qual o vírus se conecta para viabilizar a infecção.

 

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta segunda-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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