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Covid-19: Capital começa a vacinar pessoas com 46 anos; vacinação de quem tem 45 anos começa nesta terça

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

28 de junho de 2021 - 19:19

Teve início nesta segunda-feira (28/6) a vacinação contra a Covid-19 de pessoas com 46 anos na cidade de São Paulo. Este público é estimado em 170.479 moradores na capital. Já a partir desta terça-feira (29/6), será a vez das pessoas com 45 anos poderem se vacinar – o público estimado é o mesmo, cerca de 170 mil moradores da cidade.

Para isso, toda a rede de postos da Secretaria Municipal da Saúde está em operação. O munícipe que fizer parte dos públicos elegíveis abertos anteriormente também poderá se vacinar.

Para auxiliar na imunização do público-alvo desta segunda e terça-feira, 100 mil das 114 mil doses da vacina da Janssen recebidas no último sábado (26/6) foram distribuídas às 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da capital.

As outras 14 mil doses estão reservadas para concluir a vacinação da população de rua que tem mais de 18 anos. O objetivo desta nova etapa é completar a vacinação da parcela da população de rua que não está cadastrada nos centros de acolhida da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e que ainda não se imunizou. A vacina da Janssen é de aplicação única.

A aplicação de vacinas contra a Covid-19 no público cadastrado nos centros de acolhida da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social começou em fevereiro e mais de 21.754 doses foram aplicadas desde então.

Mais sobre o novo coronavírus

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, no último domingo (27/6), a capital paulista contabilizava 33.160 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.268.110 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta segunda (28/6), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 70,1%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, no último domingo (27/6), foi de 45%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus

No último sábado (26/6), o Governo do Estado anunciou que São Paulo vai receber uma carga com 1 milhão de doses prontas da vacina da Coronavac na próxima terça-feira (29/6). A remessa dos imunizantes, que serão entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunizações), vai desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 19h55.

Segundo o Governo do Estado, a chegada das vacinas prontas é resultado de um encontro ocorrido no último dia 22 entre representantes da administração estadual, do Instituto Butantan e da biofarmacêutica chinesa Sinovac, parceria internacional do Butantan no desenvolvimento do imunizante.

Durante a reunião, foi solicitado à Sinovac o envio de vacinas contra a Covid-19 prontas para uso, ao mesmo tempo em que a empresa faz as remessas do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para produção de doses do imunizante na fábrica do Butantan. O pedido foi atendido pela Sinovac. A chegada de vacinas prontas dá mais agilidade à campanha de vacinação não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil.

Além disso, o Governo de São Paulo e o Butantan dão sequência às tratativas com a Sinovac para que mais doses prontas para aplicação cheguem ao país nas próximas semanas. A meta estadual é que toda a população adulta dos 645 municípios paulistas esteja vacinada com ao menos uma dose de imunizantes contra o novo coronavírus até o dia 15 de setembro.

Também no último sábado, o Governo do Estado recebeu um novo lote de 6 mil litros de IFA que permitirá ao Instituto Butantan a produção e a entrega, ao PNI, de mais 10 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. A carga, enviada pela biofarmacêutica Sinovac, chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

O IFA recebido agora passará pelos processos de envase, rotulagem, embalagem e por um rígido processo controle de qualidade para que a vacina seja disponibilizada ao Ministério da Saúde para imunização dos brasileiros. Todo este processo dura aproximadamente de 15 a 20 dias.

Em maio, o Instituto Butantan havia recebido três mil litros de matéria-prima, o mesmo quantitativo do mês de abril, que possibilitou a produção e a entrega de 5 milhões de doses. Em março, uma remessa de 8,2 mil litros de insumo, correspondente a cerca de 14 milhões de doses, chegou ao Brasil. Outros 11 mil litros de insumos desembarcaram no país em fevereiro. No final de 2020, foi recebido IFA suficiente para a produção de 3,8 milhões de vacinas.

Até o momento, o Butantan já assegurou 52,21 milhões de vacinas contra a Covid-19 entregues ao PNI. Os dois acordos firmados pelo instituto com o Ministério da Saúde totalizam 100 milhões de doses, com previsão de conclusão para o dia 30 de setembro. Porém, o Butantan e a Sinovac tentam viabilizar duas remessas de 12 mil litros cada, em julho e agosto, para antecipar o cumprimento do contrato com o Ministério da Saúde, com ao menos um mês de antecedência.

Já a partir de dezembro, o Butantan deverá produzir a matéria-prima da vacina contra a Covid-19 em uma nova fábrica em São Paulo. A construção da unidade deve ser concluída em setembro, com capacidade para fabricação local de 100 milhões de doses do imunizante por ano.

Atuação do município

Na madrugada desta segunda-feira (28/6), o Comitê de Blitze do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo interditou uma casa noturna localizada no bairro do Butantã, na zona Oeste da capital, por promover aglomeração. No local, havia 344 pessoas que não estavam cumprindo medidas sanitárias como uso de máscara e distanciamento social.

Agentes da Polícia Militar, Procon, Vigilância Sanitária Estadual e órgãos municipais foram até o local e flagraram a festa clandestina. A casa noturna foi esvaziada e o proprietário autuado.

Também na madrugada desta segunda-feira, o Comitê de Blitze flagrou cerca de 300 pessoas em uma casa noturna no bairro da Penha, na zona Leste. Os agentes que compõem o comitê encontraram pessoas desrespeitando as medidas sanitárias para o controle da pandemia. O proprietário foi autuado e encaminhado para delegacia junto com outras duas participantes do evento.

no último domingo (27/6), o Comitê de Blitze encerrou uma festa clandestina que reunia 180 pessoas no Brás, bairro da zona Leste da capital. Foram encontradas pessoas sem máscaras, que ingeriam bebidas alcoólicas e consumiam narguilé.

O local, que também contava com uma apresentação musical ao vivo, foi interditado por descumprir o Plano São Paulo e promover eventos com aglomeração.

Criado no dia 12 de março, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o Comitê de Blitze tem como objetivo reforçar as fiscalizações e o cumprimento das medidas restritivas do Plano São Paulo e evitar a propagação do novo coronavírus.

Integram o Comitê, pela Prefeitura de São Paulo, agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Covisa (Coordenadoria da Vigilância Sanitária). Pelo Governo do Estado, atuam profissionais da Vigilância Sanitária, Procon e das polícias Civil e Militar.

Qualquer pessoa pode denunciar festas clandestinas e funcionamento irregular de serviços não essenciais pelo telefone 0800-771-3541 e também no site www.procon.sp.gov.br ou pelo e-mail secretarias@cvs.saude.sp.gov.br, do Centro de Vigilância Sanitária.

Ações e Atitudes

Dados de um estudo realizado com o apoio do Ministério da Saúde sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Brasil, mostram que o município de Botucatu, no interior de São Paulo, registrou queda de 71,3% nos casos de Covid-19 em seus moradores seis semanas após iniciar a vacinação em massa na população com o imunizante.

Até o momento, cerca de 77 mil moradores receberam, pelo programa iniciado em 16 de maio, a primeira dose da vacina, cuja segunda dose é aplicada após 90 dias. Botucatu tem cerca de 150 mil habitantes, dos quais 106 mil são maiores de 18 anos. Além da queda no número de casos, as internações decorrentes da doença também apresentaram queda na cidade: 46% a menos.

O estudo também investiga a eficácia da vacina AstraZeneca/Oxford contra as variantes da cepa original do novo coronavírus. No entanto, os resultados completos sobre o estudo ainda não foram divulgados.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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