Teve início nesta sexta-feira (28/5) na capital paulista a exigência de apresentação de comprovante de residência para os munícipes que se enquadrem no público elegível para aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Segundo a administração municipal, a medida foi adotada pois a faixa etária da população que pode ser vacinada está diminuindo progressivamente, o que aumenta o número de pessoas elegíveis para a imunização, e as doses aplicadas são contabilizadas pelo Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado, que faz a distribuição do imunizante. Além disso, São Paulo foi a única cidade até hoje que não fez essa exigência, cumprindo todo o regramento do SUS (Sistema Único de Saúde).
Caso o comprovante esteja no nome de algum parente, haverá a necessidade de demonstrar o grau de parentesco. Além disso, para aquelas pessoas que já tomaram a primeira dose, não haverá a exigência do documento para a segunda.
A Secretaria Municipal da Saúde recomenda que a ida aos locais de vacinação aconteça de maneira gradual, evitando aglomerações nos postos, e com o pré-cadastro no site Vacina Já preenchido, para agilizar o tempo de atendimento.
Mais sobre o novo coronavírus
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta sexta-feira (28/5), a capital paulista totalizava 30.407 vítimas da Covid-19.
Havia, ainda, 1.143.574 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, 1.446.827 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo é de 77,7%.
Já na última quinta-feira (27/5), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 39%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Atuação do município
Todas as 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estarão abertas neste sábado (29/5) para a campanha de vacinação contra a Covid-19, com a aplicação da primeira e segunda dose para os públicos elegíveis. Os 21 mega drives, os 10 mega postos, três Centros de Saúde, Postos Volantes, Farmácias e o sistema Drive-Thru nas UBSs também estarão ativos para a imunização na capital.
Além disso, as 468 UBSs e as AMA/UBS Integradas também oferecem a segunda dose para quem já tiver cumprido o intervalo de 12 semanas para a vacina da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. A vacina da Pfizer, que começou a ser usada na capital, também tem intervalo de 12 semanas entre as doses.
Nesta etapa, serão vacinadas pessoas acima de 40 anos com comorbidades, profissionais de Saúde com 18 anos e mais, acadêmicos em saúde e estudantes de área técnica em saúde, em estágio, conforme as categorias elencadas pelo Programa Municipal de Imunização.
As pessoas com comorbidades acima de 40 anos precisam apresentar documento de identificação (preferencialmente CPF) e comprovante de condição de risco (exames, receitas, relatório ou prescrição médica), contendo o CRM do médico. A lista de comorbidades pode ser acessada no seguinte link.
Os profissionais de Saúde devem apresentar documento do Conselho de Classe ou comprovante de profissão (certificado ou diploma) e também um comprovante de residência da cidade de São Paulo. Os estagiários precisam estar cursando o último ano do curso profissional.
Nesta fase da campanha são priorizados médicos, enfermeiros/técnicos auxiliares, nutricionistas, fisioterapeutas/terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, técnicos de laboratório que façam coleta de RT-PCR do novo coronavírus e análise de amostra de Covid-19, farmacêuticos, técnicos de farmácia, odontólogos, auxiliares de saúde bucal, técnicos de saúde bucal, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física e médicos veterinários.
Ações e Atitudes
Nesta sexta-feira (28/5), a Prefeitura de São Paulo fez um balanço sobre o serviço de monitoramento que está sendo realizado nos aeroportos e nas rodoviárias da capital contra a cepa indiana (nova variante) do novo coronavírus.
Segundo a administração municipal, na última quinta-feira (27/5) foi feito o monitoramento de 68 voos no Aeroporto de Congonhas e foram atendidas sete pessoas sintomáticas. No terminal rodoviário, a ação aconteceu em 65 ônibus e foram abordadas 1.371 pessoas – nenhuma apresentou sintomas. No Terminal de Cargas da Vila Maria, na Zona Norte, foram abordados 395 caminhoneiros, e apenas um apresentou sintomas e foi atendido.
Ainda de acordo a Prefeitura, as amostras de testes realizadas na capital – feitas nos últimos 20 dias e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, ao Instituto Butantan e ao Instituto Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) – não constataram, até o momento, qualquer indício da variante indiana circulando na cidade de São Paulo.
Porém, continua a recomendação de cuidado redobrado com a transmissão do vírus, sobretudo com os viajantes das três regiões onde foram identificadas a nova cepa: Maranhão, Rio de Janeiro e Juiz de Fora (MG). Nesse sentido, o município está realizando um levantamento para identificar quais são os ônibus que chegaram de Juiz de Fora e para quais rodoviárias da capital eles foram.
A Prefeitura destacou, ainda, as ações de fiscalização dos ônibus clandestinos que podem chegar à cidade, bem como das medidas adotadas em parceria com o Governo do Estado e com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para fiscalização dos passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Dentre as ações, ficou acordado que o município de Guarulhos vai disponibilizar ambulância para, eventualmente, transportar as pessoas sintomáticas que forem identificadas no aeroporto. O Governo do Estado definiu que o Hospital Estadual de Guaianases será a unidade de referência para tratamento da cepa indiana e, por parte da Prefeitura de São Paulo, a capital vai oferecer 60 leitos do hotel Holiday Inn no Anhembi para atender as pessoas que forem detectadas como sintomáticas.
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Fui em um posto de vacinação, da Vila Alpina, com o comprovante de endereço da minha mãe, e com meu documento, onde comprova o parentesco e me negaram a aplicação, alegando que o comprovante deveria ser OBRIGATÓRIO no meu nome. Isso não existe, a partir do momento que eu tenho um parentesco com o referido comprovante.
Eles alegam que é exigência da Secretária municipal de saúde, porém não encontro nada em lugar nenhum que informe essa obrigatoriedade, nem no Instrutivo-22, essa informação é clara. Onde só informar a obrigatoriedade da comprovação de endereço. Não diz que necessariamente precisa ser da pessoa que for tomar. Achei um descaso e falta de preparo e informação da UBS.