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Covid-19: Capital registrou na quarta menor média taxa de ocupação de leitos de UTI desde novembro

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

6 de agosto de 2021 - 18:17

Na última quarta-feira (4/8), a cidade de São Paulo registrou 38% de ocupação dos leitos exclusivos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19. A taxa é a menor registrada desde 15 de novembro de 2020.

A capital conta atualmente com 1.147 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19. Em junho, a rede hospitalar municipal chegou a operar com 1.445 leitos dessa modalidade, maior número já registrado no município. Em fevereiro de 2020, antes de ser declarada a pandemia, o município contava com 507 leitos.

Mais sobre o novo coronavírus

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta sexta (6/8), a capital paulista contabilizava 35.581 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.367.236 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta sexta (6/8), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 42,9%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quinta (5/8), foi de 37%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Atuação do município

Nesta sexta-feira (6/8) foi inaugurado um novo drive-thru para vacinação contra a Covid-19 na capital paulista, na sede do TCM (Tribunal de Contas do Município). O posto irá imunizar pessoas em veículos e a pé e seu horário de funcionamento é das 8h às 17h.

No local, as equipes de atendimento contam com profissionais munidos de tablets para o preenchimento do formulário de vacinação, para aqueles que não fizeram o pré-cadastro no site Vacina Já. Outros vacinadores estão a postos nos boxes para aplicação do imunizante, sob a supervisão direta de enfermeiras.

O primeiro box é destinado especialmente para a vacinação de pedestres. Eles podem contar com a proximidade da estação AACD-Servidor, da linha-5 Lilás do Metrô, distante apenas 50 metros do local de vacinação.

Já o sistema drive-thru atende quem estiver de carro. Nesse caso, os veículos deverão seguir até a rotatória existente, próxima à Escola de Gestão e Contas do Tribunal, passar pela triagem dos atendentes, e se dirigirem ao box indicado para receber o imunizante.

Ações e Atitudes

Publicado na última quinta-feira (5/8), a nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz alerta que o surgimento e crescimento da presença de novas variantes de preocupação, como a Delta, acende um alerta no Brasil.

O estudo chama a atenção para o fato de que a pandemia ainda não acabou e novos cenários de transmissão e risco podem surgir, e ressalta que o elevado patamar de risco de transmissão do novo coronavírus pode ser agravado pela maior transmissibilidade da nova variante, além de destacar a necessidade de combinar vacinação com o uso de máscaras, incluindo campanhas e busca ativa.

A análise confirma também a reversão no processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil. Novamente, as internações em leitos de UTI para adultos no SUS (Sistema Único de Saúde) e, principalmente, o número de óbitos concentram um maior número de idosos.

Com base nos dados referentes às semanas epidemiológicas 29 e 30 (de 18 a 31 de julho de 2021), a avaliação aponta que as incidências de SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) ainda permanecem em níveis altos, muito altos ou extremamente altos no país. Tais níveis indicam transmissão significativa do novo coronavírus, pois a maior parte dos casos de SRAG é referente a casos de Covid-19.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo documento, é fundamental o esquema vacinal completo para todos os elegíveis, a fim de proteger contra os casos graves e óbitos por Covid-19, incluindo os relacionados à variante Delta, além da necessidade de ampliar e acelerar a vacinação.

No detalhamento dos dados mais recentes, o Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz mostra que a proporção de casos de internações entre idosos, hoje em 37,5%, já esteve em 27,1% (na Semana Epidemiológica 23, 6/6 até 12/6). No caso da proporção do número de óbitos – que, na mesma semana 23, esteve em 44,6% – o percentual está em 62,1%.

A análise ainda indica redução importante da proporção de internações nas faixas etárias de 50 a 59 anos e uma diminuição discreta na faixa de 40 a 49 anos. Os cientistas chamam a atenção de que qualquer conclusão sobre a mudança apontada no perfil da pandemia no Brasil ainda é precoce e deve ser acompanhada de perto nas próximas semanas.

Também é destacado que o perfil de mortalidade por idade em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil, é diferente do observado em países ricos. Os mais jovens enfrentam um risco maior de morrer em países em desenvolvimento do que em países de alta renda. Isso ocorre porque as populações não idosas nesses países têm uma maior incidência de doenças preexistentes e menos acesso a tratamento e cuidados que potencialmente salvam vidas.

Além disso, segundo a análise, as taxas de emprego informal mais altas, transportes públicos superlotados e habitações precárias e muitas pessoas para poucos cômodos, características de países de baixa renda, colocam as pessoas em maior risco de exposição ao novo coronavírus.

Conforme ressaltam os autores do estudo, esses riscos parecem afetar desproporcionalmente adultos não idosos, reforçando a impressão inicial de que a vulnerabilidade específica à idade na pandemia varia, o que é fundamental para determinar se e como deve ser feita a adaptação das políticas de distanciamento.

Por outro lado, a boa notícia desta edição do Boletim é que foi verificada queda de incidência e mortalidade por Covid-19. Entretanto, os números ainda seguem preocupantes. A taxa de mortalidade diminuiu 1,3% ao dia, enquanto a taxa de incidência de casos de Covid-19 foi reduzida em 0,3% por dia.

Os pesquisadores destacam que a maior redução da mortalidade e menor da incidência pode ser resultado das campanhas de vacinação, que seguramente reduzem os riscos de agravamento da doença, mas não impedem completamente a transmissão do novo coronavírus.

Além disso, a positividade dos testes ainda continua alta, o que significa dizer que há intensa circulação do vírus, e a taxa de letalidade está em torno de 2,8%, patamar elevado em relação a países que adotam medidas de proteção coletiva, testagem em massa e cuidados intensivos para doentes graves.

Na análise dos responsáveis pela publicação, o elevado patamar de risco de transmissão do novo coronavírus pode ser agravado pela maior transmissibilidade da variante Delta, em paralelo ao lento avanço da imunização entre os grupos mais jovens e mais expostos, combinado com maior circulação de pessoas pelo retorno das atividades de trabalho e educação. Nesse sentido, eles ressaltam que é importante refutar a ideia de que a vacinação protege integralmente as pessoas de serem infectadas e transmitir o vírus, o que pode se tornar um risco adicional com a nova variante de preocupação Delta.

Outra notícia positiva é a de que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS continuam melhorando. Dezenove Estados se encontram fora da zona de alerta, ou seja, registram taxas de ocupação inferiores a 60%. Outros seis Estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário (taxas de ocupação iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%) e somente um Estado, Goiás, está na zona de alerta crítico (taxa superior a 80%).

Em relação aos casos de SRAG, observa-se que São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal encontram-se com taxas superiores a 10 casos por 100 mil habitantes. Os demais Estados possuem taxas inferiores, no entanto, estas taxas ainda são superiores a um caso por 100 mil habitantes. Como os casos de SRAG são essencialmente severos, que demandam hospitalização, ou casos que vieram a óbito, estas taxas preocupam por impor demanda significativa ao sistema hospitalar.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta sexta-feira

*Este e outros conteúdos podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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