A cidade de São Paulo realiza, nesta terça-feira (3/8), a repescagem da vacinação contra a Covid-19 de pessoas com 28 anos moradoras da capital paulista. Também poderão receber o imunizante aqueles que fazem parte dos grupos abertos nas etapas anteriores e ainda não receberam a primeira dose (D1) ou já estão elegíveis à segunda (D2).
Para atender este público, as 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs/UBSs Integradas estarão em operação das 7h às 19h, além dos mega postos com acesso a pedestres, que funcionarão das 8h às 17h.
Importante destacar que, no ato da vacinação, é obrigatório apresentar documentos pessoais de identificação, preferencialmente CPF e cartão SUS, além de um comprovante de residência no município de São Paulo, que pode ser tanto impresso quanto digital. Se estiver em nome de outra pessoa, é necessário comprovar o parentesco com documentos.
Além disso, com objetivo de evitar longas filas de espera e aglomerações, é indicado acessar o site De Olho na Fila, que mostra como está a movimentação de pessoas nos postos de vacinação da capital.
Também é recomendado o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já, que agiliza o tempo de atendimento na unidade de referência. Para isso, basta fornecer alguns dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.
Todos os endereços dos postos de vacinação e todas as informações sobre a campanha de imunização contra a Covid-19 na capital estão disponíveis na página Vacina Sampa.
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Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, no último domingo (1/8) a capital paulista contabilizava 35.287 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.352.628 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta segunda (2/8), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 45,2%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, no último domingo (1/8), foi de 45%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
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Na noite do último domingo (1/8), chegou à São Paulo um lote com 2 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que viabilizará a produção de cerca de quatro milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus, destinadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).
A matéria-prima, enviada pela biofarmacêutica chinesa Sinovac, parceira do Instituto Butantan na produção do imunizante Coronavac, passará pelos processos de envase, rotulagem, embalagem e por um rígido processo de controle de qualidade antes de as doses da vacina serem disponibilizadas para a população por intermédio do Ministério da Saúde.
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Na manhã desta segunda-feira (2/8), a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Estado de São Paulo alcançou a marca de 60% da população imunizada com, pelo menos, uma dose da vacina. O número indica que, a cada cinco pessoas, três já receberam pelo menos uma dose do imunizante.
Entre o grupo já vacinado, 22,6% já têm esquema vacinal completo, composto por duas doses no caso dos imunizantes do Butantan/Coronavac, Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e da Pfizer, ou por dose única da Janssen.
O balanço aponta mais de 26,6 milhões aplicações de primeira dose, 9,3 milhões da segunda e mais de 1 milhão de dose única. A evolução diária da campanha pode ser acompanhada no painel completo do Vacinômetro.
Ações e Atitudes
Pesquisadores desenvolveram um modelo matemático que estima o aumento de casos da Covid-19 na comunidade escolar com a reabertura das escolas, simulando cenários com diferentes protocolos de segurança. A ideia é que o retorno às aulas presenciais sempre vai trazer alguma elevação no número de casos entre as pessoas que frequentam a escola e seus contatos, mas que essa elevação pode ser muito grande, ou mínima, dependendo das medidas adotadas.
Esse risco pode, por exemplo, ser 1.141% maior caso as máscaras sejam mal utilizadas. Se bem utilizadas, mas sem outras medidas, o aumento da chance de contágio é de 575%. Somado ao uso correto de máscaras pelos alunos, e se os professores utilizarem máscaras do tipo PFF2, o risco despenca para 40%, o que indica a importância do uso correto de máscaras – e também da eficiência do equipamento – e o papel determinante dos professores na transmissão viral.
Os dados mostram que, à medida que se sobrepõem medidas de segurança a essas, como monitoramento de casos suspeitos, turmas alternadas e redução da carga horária efetiva, o risco é reduzido e chega ao mínimo de 10%.
O estudo faz parte do projeto ModCovid19, com a contribuição do CeMEAI (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), vinculado ao ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP, em São Carlos.
Os resultados mais recentes são atualizações da pesquisa que começou a ser desenvolvida no começo da pandemia, em março de 2020, na cidade de Maragogi, Alagoas. Desde então, a equipe vem monitorando os casos de Covid-19 na cidade, incluindo também dados sociais e de comportamento ligados à pandemia. Pela curva de infecção e o rastreamento da rede familiar dos moradores, foi possível determinar os motores e os principais centros de infecção.
Já os números apresentados são estimativas que tangenciam a realidade, fornecidas através de um software de modelo computacional. Os autores do estudo explicam que o contágio pelo coronavírus passa por um evento probabilístico, como qualquer doença infecciosa por contato. Em computador, é considerado esse fator de aleatoriedade, combinado a outros e, assim, simula-se a possibilidade de alguém se infectar em uma ida ao mercado, por exemplo.
Assim, o programa foi remodelado para incluir a dinâmica das escolas da região e, com os dados anteriores, foi possível calcular a quantidade de novos casos que excedam a média na cidade, com a retomada das aulas presenciais.
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