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Covid-19: Vacinação de idosos de 72 a 74 anos é antecipada para a próxima sexta no Estado de SP

Por: DANIEL MONTEIRO
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17 de março de 2021 - 14:59

O Governo do Estado antecipou para a próxima sexta-feira, 19 de março, a vacinação para os idosos de 72, 73 e 74 anos contra a Covid-19. Inicialmente, o início da imunização dessa faixa etária, que totaliza 730 mil pessoas em São Paulo, estava prevista para a próxima segunda-feira, 22 de março.

A antecipação foi possível graças às novas doses da vacina contra o novo coronavírus entregues nesta semana pelo Instituto Butantan. O anúncio ocorreu no início da tarde desta quarta-feira (17/3), em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Ainda sobre o tema, o Governo do Estado informou que, na manhã desta quarta-feira, o Butantan entregou mais 2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. O imunizante será distribuído para todo o país no âmbito do Plano Nacional de Imunização. Com a entrega desta quarta-feira, o Instituto soma 5,6 milhões de doses disponibilizadas apenas nesta semana.

Economia

Na coletiva, o Governo do Estado anunciou três medidas de enfrentamento à pandemia voltadas à economia de São Paulo. A primeira delas é que, a partir de abril, o leite pasteurizado terá isenção completa de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado.

Já os estabelecimentos enquadrados no chamado Simples Nacional terão redução de 13,3% para 7% do ICMS na compra de carne para revenda aos consumidores. A medida deverá impactar no preço da carne bovina, carne suína e carne de frango e beneficiará principalmente pequenos e médios açougues em todo o território paulista.

A segunda medida anunciada foi o acréscimo de mais R$ 100 milhões em crédito aos microempresários dos setores da economia mais afetados pela pandemia. Do montante, R$ 50 milhões serão disponibilizados, principalmente, para bares e restaurantes O crédito será oferecido a juros baixos e carência estendida através do banco Desenvolve São Paulo.

Os outros R$ 50 milhões estão destinados aos setores de beleza, comércio, academias e eventos, principalmente para os micro e pequenos empreendedores dessas áreas, e a disponibilização desse crédito será feita através do Banco do Povo do Governo do Estado.

A terceira medida anunciada pelo Governo de São Paulo é a extensão da suspensão, até 30 de abril, de todo e qualquer corte de fornecimento de gás canalizado e água, fornecidos por autarquias estaduais, para os setores de comércio e serviços no Estado. Inicialmente, a medida valeria até 30 de março, mas foi estendida por 30 dias.

Os proprietários de estabelecimentos que não conseguiram pagar as suas contas nesse período, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, não terão seus nomes negativados e as dívidas poderão ser renegociadas para o pagamento em até 12 parcelas, sem aplicação de nenhuma multa ou juros. A medida deve beneficiar micro e pequenos empreendedores de diversos setores, como bares e restaurantes.

Mais sobre o novo coronavírus

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal da Saúde, nesta quarta-feira (17/3) a capital paulista contabilizava 19.849 vítimas da Covid-19.

Havia, ainda, 677.109 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Até esta quarta, 915.084 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quarta (17/3), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 90,7%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última terça (16/3), foi de 43%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

A Câmara durante a pandemia

Na Sessão Extraordinária da última terça-feira (16/3), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou por unanimidade, com 54 votos favoráveis e nenhum contrário, em segunda e definitiva votação, um texto substitutivo apresentado pelo governo ao PL (Projeto de Lei) 123/2021, de autoria do Executivo.

O projeto, que agora segue para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB), permite a entrada da Prefeitura de São Paulo em um consórcio público instituído pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) para a compra de vacinas contra a Covid-19.

O objetivo da iniciativa é ampliar a vacinação na capital paulista com a aquisição de imunizantes complementares ao PNI (Plano Nacional de Imunizações), do governo federal. Além de dar celeridade à vacinação da população contra o coronavírus, o PL também visa atender eventuais demandas por medicamentos, equipamentos e insumos necessários aos serviços públicos municipais de saúde.

A estimativa da Prefeitura de SP é comprar cinco milhões de doses da vacina de diferentes fabricantes.  Mais de 1.700 cidades brasileiras sinalizaram a intenção em integrar o consórcio público.

Na quarta-feira (10/3) passada, além da votação do PL em primeiro turno, os vereadores firmaram um acordo para destinar R$ 55 milhões para a compra de vacinas. Cada um dos 55 parlamentares irá encaminhar R$ 1 milhão das respectivas emendas parlamentares para viabilizar a aquisição de imunizantes.

Ações e Atitudes

Um manifesto publicado pelo colegiado dos Professores Titulares da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) demonstra a preocupação dos profissionais com o grave momento que o Brasil tem atravessado. Conforme a nota, o país enfrenta uma das maiores crises sanitárias e humanitárias de sua história e, nesse momento, vive um “recrudescimento assustador do número de casos notificados de adoecimento pela Covid-19”, alcançando o patamar trágico de mais de 2.000 mortes diárias pela doença.

No documento, o colegiado afirma são danos igualmente graves “os devastadores efeitos afetivos e materiais dessas mortes para as famílias e comunidades dos que se foram; as sequelas persistentes em muitos dos que conseguiram ultrapassar a fase aguda da doença; o colapso dos serviços de saúde e esgotamento dos profissionais, não prejudicando apenas o provimento da assistência aos pacientes com Covid-19, mas também obstruindo o acesso de pacientes com outros tipos de demandas urgentes e relevantes”.

O manifesto destaca ainda que um agravante desafiador da situação é o surgimento de variantes do novo coronavírus, que tem tornado ainda mais urgente a corrida pela imunização e, mais importante, pela implementação de medidas estruturais e comportamentais de controle da pandemia.

Por conta disso, o colegiado conclama que autoridades, profissionais, formadores de opinião e cada cidadão e cidadã do país assuma “radicalmente o compromisso com a construção de uma resposta efetiva e solidária” para superar esse triste cenário.

No documento, além da manifestação dos docentes, são elencados 10 pontos sugeridos para que a situação da pandemia seja revertida:

1) coordenação dos diversos níveis da administração – federal, estaduais e municipais – para otimizar a capacidade do SUS na resposta à pandemia no país, das Unidades Básicas às UTIs;

2) implementação de estratégias de testagem, rastreamento e isolamento de casos e contatos;

3) vigilância genética para identificação precoce das variantes virais do Covid-19;

4) adoção de medidas radicais de lockdown nas regiões mais acometidas, com estratégias socialmente pactuadas para garantir adesão e eficácia;

5) desenvolvimento de políticas emergenciais intersetoriais para prover as condições materiais e logísticas necessárias para a adequada adesão das pessoas às políticas de isolamento físico, especialmente para as regiões e populações em situações de maior vulnerabilidade;

6) realização de uma estratégia de comunicação social capaz de promover uma cultura de prevenção que oriente e estimule as pessoas ao uso de máscara, higiene das mãos e a evitar aglomerações;

7) envolvimento das lideranças de grupos atingidos e comunidades em situação de vulnerabilidade para identificar necessidades e estratégias adequadas às diversas situações locais;

8) emissão de normas técnicas para os diversos espaços de interação (escolas, indústrias, comércio, entre outros) para diminuir o risco ambiental de transmissão, cuidando especialmente do transporte público para garantir a não aglomeração atual;

9) aceleração significativa do programa de vacinação, com critérios estratégicos para priorização de populações-alvo;

10) medidas de combate às notícias falsas, desinformação e más práticas de prevenção e tratamento.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

 

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