Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP Em reunião nesta quarta-feira (30/3), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pirataria aprovou cinco requerimentos de autoria do presidente da Comissão, vereador Camilo Cristófaro (PSB), com convites e intimações para que testemunhas prestem esclarecimentos, além de uma reiteração do pedido de informações e fornecimento de documentos solicitados a diversos shoppings de comércio popular da capital.
Um dos intimados pela CPI é Eduardo Badra, agora ex-CEO do Consórcio Circuito das Compras. Ele, que já havia deposto no dia 9 de fevereiro, era esperado na reunião desta quarta-feira, mas informou ter sido desligado do cargo, o que motivou seu não comparecimento. Ainda assim, os vereadores aprovaram sua intimação para a próxima reunião da CPI, agendada para o dia 6 de abril.
O desligamento de Eduardo Badra do cargo de CEO do Consórcio Circuito das Compras foi comentado pelo presidente da CPI da Pirataria. “Isso prova que a CPI mexeu com os investidores americanos da Feira [da Madrugada – agora Circuito das Compras]. Isso mostra que o investidor quer lucro, o investidor não quer tumulto”, disse. “Quando ele [investidor] vê que você coloca a mão na ferida, ele já se preocupa. Ele [Badra] veio aqui, engasgou, ele não soube dizer que um mais um era dois, ele disse que era três”, completou Cristófaro.
Outro depoente esperado nesta quarta-feira era Rubens Zogbi Filho, CEO da Centuria Investimentos. Ele afirmou estar em Miami e, por isso, não poderia prestar esclarecimentos à CPI. A ausência também foi repercutida pelos membros da Comissão. “Às vezes, na vida, tem pessoas que brincam com coisas que são sérias”, afirmou o vereador Isac Félix (PL), relator dos trabalhos. “Todas as pessoas que aqui passaram foram respeitados, sempre educadamente bem tratadas por todos os membros dessa Comissão e desta Casa. E o que nós queremos aqui é só a contribuição e que as coisas andem certas na cidade de São Paulo”, acrescentou Félix.
“Eu acho que o modus operandi dos convidados está sendo prejudicial para eles, não para a CPI porque, se eles viessem e já colaborassem com a CPI, trouxessem mais alguns elementos que nós precisamos, nós poderíamos já encerrar essa CPI em abril. Não tem problema nenhum”, ponderou o vereador Gilson Barreto (PSDB). “Evidente que faltam elementos e eles [testemunhas] precisam colaborar com isso, trazer os dados e subsídios que nós precisamos, para poder fechar o relatório”, finalizou Barreto.
A reunião desta quarta-feira foi conduzida pelo presidente da CPI da Pirataria, vereador Camilo Cristófaro (PSB). Também participaram o relator dos trabalhos, vereador Isac Félix (PL), e os vereadores Gilson Barreto (PSDB) e Rodrigo Goulart (PSD), membros da Comissão. A íntegra dos trabalhos está disponível no vídeo abaixo:
A CPI da Pirataria
A CPI da Pirataria tem como objetivo analisar e investigar a evasão fiscal, a sonegação, a pirataria e a falsificação na cidade de São Paulo. Além de fiscalizar a comercialização de produtos piratas na capital paulista, a Comissão também vai investigar empresas por suposta evasão fiscal.
