Os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pirataria foram oficialmente prorrogados até 8 março de 2023. A informação foi dada pelos membros da Comissão na reunião desta quarta-feira (24/8).
“Pensavam que estávamos blefando. Então nós fomos de outubro para abril, de abril para setembro e de setembro agora para o dia 8 de março de 2023”, exaltou o presidente da CPI, vereador Camilo Cristófaro (AVANTE). “Nós estamos defendendo a cidade de São Paulo”, completou.
Além da prorrogação dos trabalhos, a Comissão ouviu os responsáveis pela GCM (Guarda Civil Metropolitana). Comandante geral da Guarda, o inspetor superintendente Agapito Marques elencou os principais pontos de concentração de pirataria na cidade de São Paulo. “O que nós verificamos aqui na cidade de São Paulo, através do trabalho que temos de inteligência, é que essa concentração é maior na região do Brás, estendendo para a região do Pari e na região da 25 de Março. Existem, claro, outros pontos por toda a cidade de São Paulo, mas a concentração maior é nesses pontos”, citou Marques.
Já o responsável pelo Comando Operacional 1 (Centro) da guarda, inspetor superintendente João Paulo Guilherme dos Santos, comentou os impactos negativos da comercialização de produtos falsificados na economia da capital. “Hoje, de cada shopping da região da 25 de Março e da região do Brás, pirataria é o que mais se vende. E se nós não combatermos, as lojas que realmente vendem produtos originais amanhã não existirão mais. Elas não têm como se manter com essa injusta competição que acontece aqui na cidade”, ponderou dos Santos.
Outros depoimentos
Esperado nesta quarta-feira, o administrador do Shopping Veneza, Abdu Habib Barakat, justificou a ausência e teve seu depoimento remarcado para a próxima reunião da Comissão.
Requerimentos
Os vereadores também aprovaram dois requerimentos. O primeiro convida o secretário-adjunto da Fazenda, Luiz Felipe Vidal Arellano, a colaborar com os trabalhos da Comissão.
O outro requerimento agenda para os dias 14 e 21 de setembro, respectivamente, os depoimentos do empresário Law Kin Chong, proprietário do Mundo Oriental Incorporadora, e de sua esposa, a empresária Hwu Su Chiu Law, conhecida como Miriam.
Os depoimentos de Law Kin Chong e Miriam Law são esperados porque, segundo informações da CPI, ambos são proprietários ou administradores de 27 shoppings de comércio popular na capital, que estão no escopo das investigações da Comissão. Eles deverão prestar depoimento na qualidade de testemunhas.
A reunião foi conduzida pelo presidente da CPI da Pirataria, vereador Camilo Cristófaro (AVANTE). Também participaram o vice-presidente da Comissão, vereador Adilson Amadeu (UNIÃO), o relator dos trabalhos, vereador Isac Félix (PL), os vereadores Gilson Barreto (PSDB) e Rodrigo Goulart (PSD), membros do colegiado, além do vereador Fabio Riva (PSDB). A íntegra dos trabalhos está disponível no vídeo abaixo:.
A CPI da Pirataria
A CPI da Pirataria tem como objetivo analisar e investigar a evasão fiscal, a sonegação, a pirataria e a falsificação na cidade de São Paulo. Além de fiscalizar a comercialização de produtos piratas na capital paulista, a Comissão também vai investigar empresas por suposta evasão fiscal.