Luiz França/CMSP
Rodolfo Blancato
Em reunião realizada nesta sexta (19/7), os vereadores da CPI do Transporte Público aprovaram a solicitação das planilhas de custo do Metrô, da CPTM e da EMTU. Os requerimentos, de autoria da relatora Edir Sales (PSD) foram aprovados por unanimidade pelos componentes da comissão.
– Confira as datas das próximas reuniões da CPI dos Transportes
Durante o encontro, foi lido um requerimento de Dalton Silvano (PV) pedindo sua saída do colegiado. Em seu lugar, deve entrar o líder da legenda, Roberto Tripoli, com Abou Anni de suplente. No entanto, a mudança ainda precisa ser aprovada pelo plenário, que volta à atividade em agosto. Também foi decidido que os requerimentos deverão ser submetidos no máximo dois dias antes das reuniões e apenas membros da CPI terão direito à palavra durante as reuniões.
A última decisão foi questionada por Toninho Vespoli (PSOL), para quem a medida não encontra respaldo no regimento. Acho que pelo menos os líderes partidários deveriam ter esse direito, pediu o socialista.
Já Milton Leite (DEM) acredita que abrir a palavra para todos os 55 vereadores da casa poderia inviabilizar o andamento da CPI. Nas reuniões nós teremos limite de tempo, horário e espaço. Se chegarem amanhã 30 parlamentares que queiram fazer o uso da palavra, quem é que nós vamos vetar, questionou o democrata.
O próximo encontro do colegiado acontece no dia 26/7, quando será ouvido o diretor de gestão econômico-financeira da SPTrans, Adauto Farias. A reunião será realizada no auditório Prestes Maia, às 11h.
Documentos
Até o momento, a SPTrans entregou aos parlamentares mais de seis mil páginas de documentos, além de cerca de 1 Gb de arquivos em formato digital, segundo informações da assessoria da CPI. O presidente da comissão, Paulo Fiorilo (PT), disse que os dados serão disponibilizados para todos os vereadores após serem avaliados pela procuradoria da Câmara.
Segundo Fiorilo, a análise é necessária para evitar que vazem documentos de caráter sigiloso, o que poderia gerar problemas judiciais. A princípio, somente os sete membros do colegiado terão acesso integral às informações.
Eu não posso adiantar se tem ou não algum documento sigiloso. O serviço é público, mas as empresas têm o direito de resguardar algumas informações. Nós vamos analisar caso a caso, afirmou Fiorilo após a segunda reunião da CPI, realizada nesta sexta.
A posição do presidente foi criticada pelo vereador Ricardo Young (PPS), para quem todos os documentos recebidos deveriam ser disponibilizados para a população. Para Young, não há a possibilidade de existirem informações sigilosas entre as recebidas. Depois da lei da transparência, não tem documento público que tenha sigilo, a não ser aquilo que corre em segredo de justiça. É a única exceção, declarou.
(19/7/2013 15h55)