Atualmente, uma demanda da população que chega à subprefeitura de Parelheiros leva até 17 meses para ser atendida, segundo o supervisor fiscal Fernando Guimarães, que prestou depoimento nesta segunda (9/6) à CPI dos Alvarás, na Câmara.
Estamos hoje com mais de 20 mil demandas das mais variadas naturezas e os cinco agentes vistores que temos não dão conta. Precisaríamos de, no mínimo, 45 para que o trabalho fosse [feito em prazo] razoável. É uma situação calamitosa, ressaltou Guimarães.
Um dos casos que estão parados na subprefeitura da zona sul da Capital, de acordo com o supervisor, é o da chácara Jardim Progresso, que está em uma área irregular (manancial) e corre o risco de desmoronamento. O caso chegou às mãos dos fiscais em 2010 e deve ser analisado daqui a dois meses. Parelheiros tem mais 11 áreas com risco semelhantes, disse Guimarães.
A região do MBoi Mirim, também na zona sul, enfrenta problemas parecidos. Segundo Mário Sakate, supervisor técnico de Uso do Solo e Licenciamento da subprefeitura, mais de 80% dos estabelecimentos estão irregulares e, de acordo com o zoneamento, bares, supermercados e atividades similares sequer poderiam existir no local. É preciso uma adequação no uso do solo e o alargamento nas vias com urgência, afirmou Sakate.
Na reunião desta segunda ainda foram ouvidos representantes das subprefeitura de Jaçanã/ Tremembé e de Perus, ambas na zona norte.
Para o vereador Ricardo Nunes (PMDB), relator da CPI, representantes de outras subprefeituras ainda serão ouvidos até que se tenha um quadro dos problemas na cidade. Só assim teremos condições de acelerar as ações para sanar esses problemas de fiscalização, disse o vereador. (Da Redação)
(09/06/2014 – 17h16)