Luiz França / CMSP
O gerente de projetos e sistemas da Digicon empresa responsável pela operação do Bilhete Único na capital paulista -, Sérgio Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (22/8) durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo que a companhia recebe R$ 150 mil por mês da Prefeitura para a manutenção do sistema.
De acordo com Queiroz, a empresa tem cinco colaboradores para cuidar do sistema. Esses funcionários ficam full time na SPTrans para fazer a manutenção do sistema e também para atualizar o software, explicou o gerente, que ainda acrescentou que existe toda uma equipe que em uma eventualidade pode dar suporte a esses outros.
O valor pago pela Prefeitura à empresa foi considerado alto pelo vice-presidente da CPI, vereador Eduardo Tuma (PSDB). O que me chamou a atenção é que cinco funcionários custam R$ 150 mil para a Prefeitura, porque o sistema já foi comprado, é realizado apenas manutenção e atualização, disse.
A relatora da CPI, vereadora Edir Sales (PSD), também considerou o valor do contrato alto para manter cinco funcionários na SPTrans. Realmente é um absurdo e precisamos verificar se não há nenhuma gordura, adiantou.
O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), afirmou que o colegiado irá apurar se é realmente isso que acontece. Vamos aprofundar os estudos em cima desses contratos e acredito que a Prefeitura poderia aproveitar o momento e fazer um novo processo licitatório para ver as empresas de sistemas que se candidatam e se é possível diminuir o custo do sistema, disse.
Falhas
Durante o depoimento, Queiroz admitiu que o sistema não oferece 100% de segurança e que existe possibilidades de falha no sistema. A tecnologia evolui muito e a Digicon tem ferramentas para contornar possíveis fraudes. Hoje, poderia dizer que, talvez, tenhamos 5% de possibilidade de fraude. Mas o sistema é muito seguro, afirmou.
A Digicon desenvolve o sistema do Bilhete Único desde 2001. Durante esse período, segundo Queiroz, aconteceram apenas dois episódios de tentativas de fraudes. As pessoas passavam os cartões pela janela do próprio ônibus para que outras entrassem sem pagar e também um grupo de hackers que conseguiu adicionar créditos ao bilhete, lembrou o gerente.
(22/08/2013 – 17h58)