Luiz França / CMSP
Depois de ter os trabalhos prorrogados por mais 120 dias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Estacionamentos ouviu, nesta quinta-feira, representantes da Procuradoria Geral do Município (PGM) para esclarecer os valores tributários que estacionamentos da cidade de São Paulo devem aos cofres públicos.
Já os depoentes convidados Rubens Jorge Taleb e Sergio Morad, donos da Empresa Paulistana de Estacionamentos Ltda, e antigos donos da Rede Nacional de Estacionamentos e da Multipark, principal alvo da investigação da PGM, não compareceram à CPI.
Segundo os procuradores, já existem cerca de 200 execuções fiscais expedidas contra seis empresas registradas no nome dos dois sócios. Além disso, também há uma medida cautelar fiscal para garantir o pagamento da dívida estimada em R$ 30 milhões.A principal dificuldade da Procuradoria é que não foram encontrados bens em nome dessas empresas para realizar a penhora.
O presidente da CPI, vereador Reis (PT), acredita que se trata de uma fraude e que esses tributos poderiam ser revertidos em novos equipamentos públicos para a cidade.
O vereador Eduardo Tuma (PSDB) , integrante da comissão, destacou que para impedir o desvio de recursos é preciso que haja a proposta de elaboração de uma nova legislação.
Na reunião, os vereadores aprovaram requerimento para que os donos da Empresa Paulistana de Estacionamentos sejam intimados a prestar esclarecimentos à CPI. Além deles, o colegiado pretende convocar proprietários de outros estabelecimentos da capital.
(08/08/2013 – 17h09)