KÁTIA KAZEDANI
Os integrantes da ex-diretoria da Unimed Paulistana não compareceram a acareação com a atual gestão da operadora que seria realizada nesta terça-feira (27/10) pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Planos de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo.
Em documento encaminhado ao colegiado, o ex-presidente Paulo José Leme de Barros e o ex-diretor financeiro Valdemir Gonçalves Silva justificaram a ausência. “Não será possível comparecer na referida reunião antes que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) responda consulta a ela formulada, que visa esclarecer se há existência de algum óbice em participação da acareação prevista, onde serão debatidos dados operacionais, contratuais e contábeis financeiros referentes à Unimed Paulistana que, enquanto sob regime especial, foram analisados e auditados por diretores fiscais designados pela agência – vez que a acareação pode ser vista como uma exposição da atividade da agência junto a operadora”.
Para a presidente da CPI, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), o argumento apresentado pelos ex-diretores da operadora não tem consistência. “Avalio de forma péssima a justificativa encaminhada, foi extremamente frágil o que alegaram. Eles não precisam de autorização de ninguém para vir prestar esclarecimentos. Visto que na outra oitiva eles participaram e o doutor Paulo [ex-presidente da Unimed Paulistana] foi enfático na responsabilização da atual diretoria pelo caos que se instalou na empresa”, sinalizou. “Eles querem ganhar tempo para se preparar para de alguma forma arrefecer os ânimos dos usuários e todos que estão sendo prejudicados”, acrescentou.
Durante depoimento à CPI no início do mês, Barros afirmou que a responsabilidade pela quebra da Unimed Paulistana é da atual diretoria. “A nossa gestão começou conturbada em 2009 e seguimos até março deste ano. Entregamos a situação melhor do que pegamos. Tínhamos uma dívida de R$1,3 bilhão. Saímos deixando R$ 263 milhões. Eu acho que as pessoas têm que assumir suas próprias responsabilidades. Atribuo o problema da Unimed à nova diretoria”, declarou.
No entanto, o presidente, Marcelo Nunes, alega que não houve tempo para a atual diretoria resolver os problemas deixados pela outra gestão. “A dívida é de mais de R$1,9 bilhão, mesmo a outra gestão alegando que a dívida fiscal não chegava a R$ 300 milhões. No entanto, durante a gestão anterior, o levantamento adequado em março o valor da dívida ultrapassava R$ 700 milhões”, esclareceu Nunes, que antes de assumir o cargo era superintendente de recursos próprios da Unimed Paulistana.
Ele e outros integrantes da atual diretoria da empresa estiveram na Câmara para a acareação e defenderam que a investigação seja realizada. “Sabíamos o que estava acontecendo e por isso montamos uma chapa para concorrer a presidência para esclarecer a real situação da empresa e poder implementar um plano de gestão para corrigir eventuais problemas. Mas não tivemos tempo de implementar as ações. O fato de a empresa ter ficado assim é que deve ser investigado”, explicou Barros.
A CPI dos Planos de Saúde intimou os ex-diretores da Unimed Paulistana para que eles compareçam na próxima terça-feira para a acareação junto a atual gestão da operadora. “Se eles não vierem, receberão mais duas intimações. Depois da terceira, caso eles não compareçam, eles são convocados com força da justiça”, disse a presidente da CPI.
Unimed Paulistana
A operadora de planos de saúde enfrenta uma crise financeira há anos. No ano passado, a Unimed Paulistana terminou o exercício com patrimônio líquido negativo de R$169 milhões e um passivo tributário de R$ 263 milhões. A situação, desde então, está sendo acompanhada pela ANS que instaurou regimes especiais de direção fiscal e de direção técnica por causa de problemas administrativos e prestação de serviço. No entanto, como a Unimed Paulistana não conseguiu sanar os gargalos, a agência determinou que a companhia negociasse a transferência de toda carteira de clientes para outras operadoras de planos de saúde.
Desejo informar a todos os colegiados da CPI que hoje mais 400 colaboradores se foram demitidos pela unimed paulistana e os mesmos já foram avisados que não irão receber suas verbas rescisórias, o mesmo já esta acontecendo com os 1100 colaboradores que já foram demitidos no dia 30/09.
Porque a CPI não chama os verdadeiros culpados pelo prejuízo que os beneficiários e médicos cooperados da UP estão tendo? Porque a ANS divulgou previamente à sua reunião, os resultados da reunião? Porque a CNU não assume integralmente o atendimento de todos os beneficiários prejudicados, pelo preço que pagavam à UP, com a qualidade que a UP dava a eles? E o Ministério Público. Porque não defende corretamente os beneficiários?
É a respeito da cart d gold cross q foi comprada pela unimed rio . Quem mora em São Paulo está sem atendimento e ninguém se incomoda C isso
Há planos e planos de saúde, uns bons outros nem tanto.