Luiz França/CMSP
O diretor-presidente da Prodata, João Ronco Júnior, foi o primeiro dos convidados desta quinta-feira (12/9) a responder as perguntas dos membros da CPI do Transporte Público. A empresa é responsável pela “bilhetagem” nos ônibus da cidade de São Paulo, tanto o software do sistema quanto os validadores (equipamentos que lêem o cartão do Bilhete Único na catraca), instalados nas garagens e nos veículos.
Ronco Júnior explicou que a sua empresa possui contrato com as concessionárias e permissionárias, não com a SPTrans. Atualmente, a Prodata é responsável por 95% dos validadores instalados na cidade de São Paulo. O restante fica a cargo da empresa Digicon.
De acordo com diretor da companhia, há outras empresas homologadas pela Prefeitura para realizarem o serviço. Ele atribui a grande concentração em sua empresa ao nome que possui no mercado mundial de validadores. No mundo, a Prodata atua em 176 cidades.
O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), questionou principalmente a diferença de valores apresentados por Ronco e os que constam na planilha de custos da SPTrans, na manutenção dos validadores. De acordo com os dados do diretor-presidente da Prodata, os contratantes pagam em média R$ 29 por mês, por equipamento. Já os dados obtidos com o Executivo apontam um valor superior a R$ 40. Como a Prodata faz a manutenção de mais de 10 mil validadores — e tem 14500 instalados –, Fiorilo acredita que essa discrepância possa influenciar a tarifa.
Outro ponto questionado pelos membros da CPI foram diferenças entre os depoimentos de Ronco e do representante da Digicon, que veio à Câmara em agosto. A Digicon faz a manutenção do sistema e também é responsável pelo software, com um contrato que já encerrado e que aguarda nova licitação. A relatora da CPI, Edir Salles (PSD), sugeriu a realização de uma acareação entre Digicon e Prodata.
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(12/9/2013 – 11h57 – atualizado às 14h07)