Marcelo Ximenez/CMSP
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade recebeu nesta terça-feira representantes das secretarias municipais da Saúde e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida para investigar a qualidade dos serviços prestados à população.
Segundo Claudia Manzone, representante da Secretaria da Saúde, os problemas de atendimento a deficientes físicos na rede municipal se devem à pouca orientação dos pacientes, e não à falta de equipamentos ou profissionais. É evidente que pode haver equívocos, sempre existem pacientes que se perdem, mas a rede está estruturada a atender todos aqueles que procuram as Unidades Básicas de Saúde. Elas devem ser o caminho, explicou.
Luís Carlos Borges, da outra pasta, concordou com Claudia. As demandas encaminhadas são atendidas, o fato é que muitas pessoas não sabem como procurar. Quem sabe falta divulgação, completou.
Apesar de apresentarem números, como mais de dois mil aparelhos auditivos e sete mil próteses e órteses fornecidas em 2010, o relator da CPI, Quito Formiga (PR), não se mostrou convencido de que os serviços municipais estão realmente de acordo com as necessidades da população. Me assusta quando se fala apenas em números. Nós sabemos a dificuldade real em se conseguir aparelhos como esses, disse o parlamentar.
Claudia Manzone afirmou que para consultas e aparelhos pouco específicos a espera chega a ser inferior a um mês. Entretanto, a Secretaria não controla as filas em entidades conveniadas, como APAE e AACD, que concentram boa parte dos atendimentos.
(27/09/2011 – 14h43)