O economista Wagner Palma Moreira, do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), afirmou nesta quinta-feira (29/8) durante a reunião da CPI do Transporte Coletivo que a margem líquida das concessionárias é reduzida.
De acordo com Moreira, a média de lucro líquido das empresas é de 1,4%. As margens são bastante reduzidas e, por isso, militamos pela redução dos custos e aumento da eficiência do serviço, afirmou o economista. A remuneração paga pela SPTrans para as concessionárias é baixa, acrescentou.
A informação destoa dos cálculos da SPTrans, que estima o lucro médio das empresas em 6%. No entanto os números variam muito de empresa para empresa: segundo o presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT), em 2012 a Happy Play Tur teve um lucro de 85%, enquanto a Oak Tree registrou um prejuízo de 22%.
Para Fiorilo, não se pode dizer que as empresas recebam pouco pelo serviço que oferecem. “Os empresários continuam operando, mas os usuários continuam insatisfeitos. Esse é o grande desafio. Nós precisamos aumentar a velocidade, mas e enquanto isso não é possível, o que fazer”, questionou o parlamentar.
Luiz França/CMSP
“Empresários têm um alto padrão de vida”, diz Tuma
Durante a reunião, o vice-presidente da CPI, vereador Eduardo Tuma (PSDB), questionou os prejuízos constantes das concessionárias. As empresas estão quebradas e não têm lucro algum. No entanto, esses empresários têm um alto padrão de vida. As pessoas jurídicas estão sendo sugadas pelas pessoas físicas dos empresários? Não faz sentido, ou eles ou as empresas estariam quebrados. Esses dados chequei com o Tribunal de Contas, afirmou.
Em resposta, o advogado da SPUrbanuss Antonio Sampaio Amaral Filho disse que a afirmação de Tuma não é real. As empresas oscilaram nos lucros ao longo desses anos e os prejuízos não foram constantes, garantiu. (Kátia Kazedani)
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(29/8/2013 – 12h05 – atualizado às 13h07)