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CPI visita UPA que aguarda serviço da Enel para ser inaugurada

Por: EMANUEL BELMIRO
DA REDAÇÃO

21 de março de 2024 - 19:33
Lucas Bassi | REDE CÂMARA SP

A nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Rio Pequeno, localizado na zona oeste de São Paulo, aguarda há 3 meses para ser aberta ao público. Isso porque a Enel ainda não realizou a ligação elétrica completa do equipamento. Situação que levou os vereadores que compõem a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel a realizarem na tarde desta quinta-feira (21/3) uma visita à unidade de saúde.

A diligência atendeu ao requerimento do vereador Thammy Miranda (PSD), que recebeu denúncias de moradores indignados com a demora na abertura da UPA que, apesar de concluída, ainda não pode realizar atendimentos por causa da falta energia elétrica. “Como integrante da CPI da Enel, a partir do momento que soubemos dessa situação já tratamos de averiguar o fato e constatamos a morosidade em realizar este serviço de ligação elétrica. A UPA está aqui pronta, mas permanece fechada, porque sem energia não tem como atender a população da região”, afirmou Thammy.

Com obras totalmente concluídas desde dezembro de 2023, a UPA Rio Pequeno III contou, segundo a Prefeitura, com um investimento de cerca de R$ 12 milhões com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), como parte do programa Avança Saúde SP. A unidade, a primeira deste tipo na região, tem quase 2 mil metros quadrados distribuídos nos seus dois pavimentos, que contam com quatro salas de triagem, seis consultórios médicos e mais um consultório de ortopedia com sala de gesso e sutura, sala de coleta, sala de eletrocardiograma, salas de inalação adulto e infantil, medicação adulta e infantil, duas salas de choque, uma sala de emergência, consultório odontológico, sala de serviço social, sala de observação entre outras.

Por ser uma UPA de nível 3, assim que estiver funcionando, a unidade concentrará os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a Atenção Básica, Atenção Hospitalar, Atenção Domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela também funcionará 24h, sete dias por semana e segundo a Secretaria Municipal da Saúde tem capacidade para atender cerca de 25 mil pacientes por mês.

O relator da CPI, vereador Jorge Wilson Filho (REPUBLICANOS), também participou da diligência à UPA Rio Pequeno e lembrou que o não funcionamento da UPA atrapalha, inclusive, o trabalho da Secretaria Municipal da Saúde em oferecer com relação a atual situação da dengue na cidade. “Se esta UPA estivesse funcionando normalmente já ajudaria a reduzir drasticamente a demanda de pessoas com dengue em outras unidades de saúde da região. Diante deste surto da doença cada equipamento de saúde faz a diferença”, ressaltou o parlamentar.

O prédio da UPA Rio Pequeno na verdade possui energia elétrica, mas a mesma é temporária e serve apenas para manter o edifício iluminado e com câmeras de segurança funcionando. Entretanto, com a capacidade de energia atual, não é possível instalar equipamentos e máquinas necessárias para o atendimento na unidade. Situação que foi explicada pelo supervisor de obras do Projeto Avança Saúde, Fabrício Coelho Falquette. “Esta energia é provisória, do canteiro de obras, que só serve pra iluminar e fazer a segurança da área, mas se você, por exemplo, tentar colocar um celular para carregar, em alguma tomada aqui, não vai conseguir porque a energia tem uma carga baixa. Então estamos no aguardo da ligação elétrica definitiva”, pontuou Falquette.

Segundo o supervisor de obras do Projeto Avança Saúde, a Prefeitura entrou em contato com a Enel sobre a situação da UPA Rio Pequeno cobrando agilidade da empresa na ligação elétrica da unidade, mas a companhia informou que “está dentro do previsto deles para melhoria de rede e que a empresa está dentro do prazo estipulado pela operadora”.

O presidente da CPI da Enel, vereador João Jorge (PSDB), classificou a situação como “inaceitável” e promete cobrar para que a falta de atuação da empresa não prejudique os paulistanos. “Toda esta situação aqui só reforça a falta de compromisso da Enel com a cidade de São Paulo. É o que acontece inclusive com os conjuntos habitacionais que a Prefeitura conclui, mas não entrega porque o local está sem energia. Então nós vamos enviar esse relatório pra autoridades competentes apontando todos esses erros e assim, de repente, atender o pedido do prefeito que é de cancelar a concessão da Enel na cidade de São Paulo”, disse João Jorge.

A diligência realizada na tarde de hoje pela CPI contou também com a participação das vereadoras Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) e Luna Zarattini (PT) que fazem parte da Comissão.

Comerciantes relatam prejuízos com a Enel

Após visita a UPA Rio Pequeno, os parlamentares que compõem a CPI da Enel também visitaram na região comerciantes que foram prejudicados pelo grande apagão ocorrido na cidade de São Paulo em novembro do ano passado. Um dos comerciantes ouvido pelos vereadores foi Claudio Fernando, que é proprietário de um restaurante na área há mais de 6 anos. Ele revelou que após 4 meses do ocorrido ainda tentar colocar as contas do estabelecimento em dia.

“Ficamos aqui cinco dias inteiros sem energia elétrica. Perdemos muita comida que, por falta de refrigeração, acabaram estragando. O prejuízo financeiro foi muito grande, acho que perdi mais de R$ 20 mil durante os dias que ficamos fechados aqui e eu precisava ainda pagar os funcionários porque tenho pessoas que trabalham pra mim, então foi muito difícil”, afirmou Claudio.

Ao procurar a Enel para tentar ser ressarcido pelos prejuízos causados pelo apagão, Claudio recebeu a mesma informação que os diretores da Enel repassaram aos vereadores quando os mesmos foram ouvidos no último dia 22 de fevereiro. Na ocasião, questionados a respeitos dos ressarcimentos aos clientes prejudicados, a direção da companhia falou que segue a resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que obriga o ressarcimento apenas no caso de danos a aparelhos elétricos.

Sobre a CPI

Instalada na Câmara Municipal de São Paulo em 9 de novembro de 2023, a CPI da Enel tem o objetivo de investigar a atuação da concessionária, que é responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista, principalmente após a demora no restabelecimento da energia na cidade após a tempestade ocorrida no dia 3 daquele mês que, na ocasião, deixou milhares de imóveis sem eletricidade por alguns dias.

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