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Criação do Plano Municipal do Livro é debatido na Câmara

Por: JELDEAN SILVEIRA - DA REDAÇÃO 

5 de setembro de 2014 - 23:59

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Encontro discutiu a criação de um Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca               Foto: André Bueno/CMSP

Editores, ativistas da cultura literária, bibliotecários e professores realizaram na noite desta sexta-feira (5/9), na Câmara Municipal, um debate sobre políticas públicas de valorização e popularização da literatura e dos livros.

Com o tema “São Paulo às margens da edição e distribuição: pequenas livrarias e editoras”, o encontro discutiu a construção do PMLLLB (Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca), no qual serão tratadas questões relativas à edição, confecção e distribuição de livros na cidade de São Paulo.

César Mendes Costa, professor e editor da Filoczar, editora e livraria no Parque Santo Antônio, ressaltou que o trabalho dos editores independentes é buscar publicações que contribuam para a cultura e o conhecimento. Editores apaixonados pela arte buscam publicações de vanguarda, que demoram certo tempo para serem valorizadas. As novas editoras vivem em busca de best-sellers, que trazem retorno financeiro a curto prazo, disse.

O editor da Ciclo Contínuo, Marciano Ventura — editora focada na produção e difusão de literatura e escritores negros — ressaltou que o objetivo do Plano deve ser difundir a cultura de qualidade. Não queremos disputar mercado com as grandes editoras, queremos apresentar um novo conceito literário de formação e difusão da cultura, afirmou.

Ruivo Lopes, ativista do direito humano ao livro e à literatura, enfatizou as dificuldades de produção de material gráfico e distribuição de publicações. Acredito que o PML deve conter um programa de financiamento especifico para produção gráfica e distribuição, assim como acontece no VAI (Programa de Valorização de Iniciativas Culturais), para diminuir a burocracia dos investimentos e facilitar o acesso de novos atores e iniciativas, defendeu.

O vereador Donato (PT), proponente do debate, acredita que promover um diálogo entre os produtores culturais e o Executivo pode trazer avanços às negociações de compra. Acho que muito do que se fala sobre burocracia pode ser repensado e discutido junto com gestores de compra da prefeitura e as editoras independentes. Entender o que realmente é necessário para que haja uma melhor negociação pode trazer uma distribuição de material mais qualificada, disse.

(05/09/2014 22h30)

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