Música, grafite, cinema, fotografia. Diferentes formas de expressão têm ganhado espaço em São Paulo como ferramentas para narrar a vida na cidade, da mesma maneira que as crônicas faziam nos jornais e livros. Essas novas narrativas foram o tema do sexto encontro do Curso Descobrir São Paulo Descobrir-se Repórter, realizado na Câmara Municipal no último sábado (6).
Os alunos do curso, 30 estudantes de jornalismo, fizeram aos convidados perguntas sobre o processo criativo de cada um, sobre a percepção que têm da cidade e como os jovens repórteres podem aprender com cada uma dessas linguagens. Entre os palestrantes, estava André Deak, jornalista e colaborador da casa da Cultura Digital.
Ele apresentou o Arte Fora do Museu, que mapeia as intervenções urbanas de artistas no centro expandido de São Paulo e mostra entrevistas com os realizadores. A proposta é chamar a atenção para a arquitetura, escultura, grafite e painéis que se manifestam no espaço público, explicou.
Também abordando o grafite, o artista plástico Jaime Prades abordou a relação entre sua arte, o rap e o movimento hip hop, reforçando a ideia de fortalecimento de uma expressão da periferia paulistana.
Representando os músicos de rua, Emerson Pinzindin relatou sua trajetória desde a carreira policial até se tornar saxofonista e flautista. Pindinzin se apresenta há quase 20 anos, e luta pelo direito de mostrar a sua arte no espaço público.
Outro convidado do Repórter do Futuro neste sábado foi o escritor, jornalista e cineasta Jose Roberto Torero. Na aula, ele leu três crônicas que retratam personagens do futebol de São Paulo, ema de suas especialidades, já que Torero foi repórter esportivo e cronista da revista Placar.
Confira a reportagem da TV Câmara.
(8/4/2013 – 15h45)