Para homenagear o Dia do Dentista, data celebrada em 25 de outubro, o vereador Rodrigo Goulart (PSD) cedeu o Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo para a categoria homenagear 20 profissionais que contribuem para o desenvolvimento das ciências envolvidas na atividade.
“Uma data importante porque são eles que cuidam do sorriso do povo paulistano e de todo o Brasil”, disse o parlamentar. Em tom de brincadeira, ele revelou um temor da infância. “Tinha um pouco de medo, com aquele barulho da máquina todo mundo tem. Com certeza arrepiava só de ouvir”, disse.
A organização do solenidade ficou por conta do Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo. O presidente da entidade, Pedro Petrere, entregou a medalha do mérito Doutor Luiz Cesar Pannain e explicou a homenagem.
“É a maior láurea científica da odontologia brasileira. É o nome de um colega que se dedicou a fazer pesquisas. Na verdade, ele foi o grande percursos da amálgama, uma das maiores ligas que a odontologia já teve”, afirmou. Ele se referiu aos compostos metálicos usados na restauração dos dentes das pessoas.
Entre os homenageados estava Márcio Grisi, dentista há mais de 40 anos. Ele acredita que um dos maiores desafios da carreira foi conciliar o trabalho com a vida pessoal. “É uma carreira muito bonita, mas bastante sacrificada. Sempre tive consultório e carreira acadêmica, foi bastante esforço, difícil. Eu tinha orientações de mestrado e doutorado, com uma vida bem agitada.”
Já Celso Caldeira é professor da área na USP (Universidade de São Paulo). Acostumado a lidar com a saúde pública, ele afirmou que o maior problema é a falta de informação sobre a disponibilidade de dentistas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).
“A odontologia, nos últimos dez anos, mudou bastante. De uma maneira geral, o atendimento para o público nas universidades e postos de saúde tem melhorado bastante. Como são oferecidas várias especialidades, o problema maior é o acesso à informação que ele [o cidadão] tem desses atendimentos”, afirmou Caldeira.